Adidas suspende venda de camisetas da Copa que indignaram brasileiros
Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- A fabricante de material esportivo Adidas anunciou nesta terça-feira que tirará do mercado as camisetas lançadas em comemoração a Copa 2014 que provocaram polêmica por sua conotação sexual e indignaram o público e o governo brasileiro.
A multinacional, um dos patrocinadores oficiais do Mundial, informou em comunicado que as camisetas faziam parte de uma série especial e limitada lançada exclusivamente nos Estados Unidos e que, por causa da política de escutar os clientes e parceiros suspenderá as vendas.
A Adidas divulgou o comunicado pouco depois de a Embratur manifestar em nota oficial indignação e exigir a retirada das camisetas. A própria presidente, Dilma Rousseff, declarou no Twitter que o Brasil está pronto para combater o turismo sexual durante o Mundial.
Em uma das camisetas, de cor verde, aparece inscrita a frase “I love Brasil”, mas dentro de um coração há um triângulo que alude a um bumbum de biquíni.
A outra, amarela, mostra uma mulher de biquíni junto à frase “Looking to score” (Buscando o gol), o que pudesse ser entendido como “Buscando meninas”.
A Embratur repudiou “repudia veementemente a comercialização de produtos que vinculem a imagem do Brasil a apelos sexuais”, e seu presidente, Flávio Dino, advertiu que “a exploração sexual é um crime inaceitável e não pode ser confundida de forma alguma com uma modalidade de turismo”.
Dilma, apesar de não ter se referido diretamente à polêmica, comentou hoje por meio de sua conta no Twitter que o país está preparado para receber os turistas que chegarão para a Copa, entre junho e julho, e também para combater o turismo sexual.
“O governo aumentará os esforços na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no#Carnaval e na#CopaDasCopas”, publicou a chefe de Estado, que encorajou a denunciar os possíveis abusos por meio do telefone montado para isto, o Disque 100.
A Adidas, por sua vez, garantiu que suspenderá a venda das camisetas em resposta aos comentários de rejeição de consumidores ao produto. “É importante esclarecer que se trata de uma edição limitada que estaria disponível apenas para os Estados Unidos”, minimizou a nota da empresa. EFE
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