Adriano faz primeiro gol em 2 anos, mas Furacão está fora da Libertadores
No Atlético-PR
Adriano comemora gol do Atlético-PR contra The StrongestO Atlético-PR contou nesta terça-feira com o primeiro gol do atacante Adriano em mais de dois anos, mas a quebra do jejum de um dos maiores atacantes do mundo na última década não foi suficiente para classificar a equipe paranaense, que foi derrotada pelo The Strongest por 2 a 1 em La Paz e está fora da Taça Libertadores.
Nos acréscimos do primeiro tempo no estádio Hernando Siles, o Imperador balançou a rede pela primeira vez desde o dia 25 de fevereiro de 2012, quando garantiu a vitória do Corinthians sobre o Botafogo-SP por 1 a 0 pelo Campeonato Paulista. Contudo, os gols de Manoel contra, o primeiro da partida, e Soliz, no começo da segunda etapa, classificaram a equipe boliviana no grupo 1.
O líder da chave foi o Vélez Sarsfield, que também nesta terça bateu o Universitario por 1 a 0 em Buenos Aires, com gol de Roberto Nanni, e chegou a 15 pontos. O Strongest somou dez, um a mais que o Furacão, que acusou bastante os efeitos da altitude de 3,6 mil metros de La Paz, enquanto os peruanos obtiveram apenas um ponto.
Velho conhecedor do adversário e das dificuldades de se atuar na capital da Bolívia, já que treinou o grande rival Bolívar, o técnico Miguel Ángel Portugal apostou em um esquema ofensivo. Além de Adriano, o Atlético teve dois atacantes, Marcelo, revelação do último Campeonato Brasileiro, e Ederson, artilheiro da competição nacional.
Portugal teve alguns problemas para montar o time. O meia espanhol Fran Mérida, expulso na última partida, cumpriu suspensão, enquanto os atacantes Bruno Mendes e Douglas Coutinho e o também meia Felipe estão entregues ao departamento médico.
No Strongest, foram duas ausências, o atacante Boris Alfaro, que deve ficar um mês afastado dos gramados tratando de uma lesão, e o zagueiro Marcos Barreira, suspenso pelo terceiro amarelo. O time contou com dois conhecidos da torcida brasileira, o volante Chumacero, ex-Sport, e o atacante Pablo Escobar, que defendeu Ipatinga, Santo André e Ponte Preta, entre outros.
Desde o começo, ficou claro que o Furacão tentaria fazer valer a vantagem do empate, já que com apenas seis minutos de bola rolando o goleiro Weverton foi advertido verbalmente por retardar a reposição de bola.
Nem por isso, o time se limitou a defender e teve a primeira boa chance do confronto. Aos 11, Marcelo lançou na entrada da área para Ederson, que cortou da esquerda para o meio e chutou tirando tinta da trave esquerda. Cinco minutos depois, Mirabaje fez o chuveirinho na cobrança de falta e Cleberson teve a oportunidade de bater, mas preferiu o passe e ficou sem a bola.
O Strongest já se fazia mais presente no ataque, mas ainda era o time visitante que incomodava mais. Em sua primeira tentativa, aos 26, Adriano aproveitou cobrança de lateral e bateu em cima da zaga. No rebote, Paulinho Dias parou no goleiro.
A partir dos 30 minutos, porém, começou a pressão dos donos da casa, e Weverton começou a se destacar. Aos 31, Pablo Escobar tentou surpreender em falta direta, mas o camisa 1 estava atento. Na sequência, aos 35, Reynoso saiu na cara do goleiro, que virou um paredão para cima do atacante e operou um milagre.
Mas o Atlético não conseguiu resistir ao sufoco por muito tempo. Aos 39, após escanteio pela esquerda originado em mais uma boa defesa do arqueiro rubro-negro, Weverton não afastou bem, Solíz levantou e Manoel, mesmo com três companheiros por perto e apenas um adversário, cabeceou contra o próprio gol.
Sem se abater, o time paranaense terminou o primeiro tempo pressionando e contou com a estrela de Adriano. Aos 46 minutos, ele subiu bem e cabeceou perigosamente por cima.
Na segunda oportunidade, três minutos depois, o Imperador não perdoou. Marcelo foi acionado na ponta direita e cruzou por baixo. Zagueiros e goleiro do Strongest não interceptaram, o camisa 30 completou para o gol vazio e quebrou um jejum de 25 meses sem ir às redes.
O Weverton se sentiu mal nos instantes finais da primeira etapa, mas mostrou, logo no começo do segundo tempo, que mesmo assim estava pronto para ajudar. Aos três minutos, em cruzamento fechado da esquerda, o camisa 1 tirou praticamente de cima da linha.
Mas o Strongest voltou com tudo do vestiário e desempatou aos nove. Soliz partiu com liberdade pela direita, recebeu de Chumacero e, meio cruzando meio chutando para o gol, tocou por cima do goleiro e viu a bola morrer no canto direito.
Um dos que mais acusaram a altitude no Atlético, Cleberson deu bobeira aos 11, e o time anfitrião esteve perto do terceiro. Reynoso fez o desarme na ponta esquerda e chutou em cima de Weverton.
O vice-campeão continental de 2005 até tentava se soltar, mas errava bastante também no ataque. Aos 18, Mirabaje cobrou falta da direita e Manoel, mesmo com algum espaço, cabeceou à direita do alvo.
Cada vez mais exposto, o Furacão pouco incomodava e ainda corria sérios riscos na defesa. Reynoso partiu em velocidade no contragolpe pela direita e rolou na área até Pablo Escobar, que arrematou para fora, aos 28 minutos. Dois minutos depois, na resposta do time brasileiro, Natanael pegou sobra fora da área, encheu o pé e tirou tinta da trave direita.
Em condições “normais”, o que seria visto a partir de então seria uma pressão da equipe em desvantagem, mas o Atlético sucumbiu na parte física. O máximo que o time paranaense fez foi alçar algumas bolas na área, mas nada que incomodasse o goleiro Vaca. Quem esteve mais perto do gol foi o Strongest, mas Pablo Escobar, de frente para Weverton, chutou por cima, aos 45. Nada que fizesse falta aos bolivianos.
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