Advogado de sindicato exime organizadas e descarta greve no Paulista

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2014 13h55

Sindicato orienta jogadores a denunciarem criminalmente torcedores e coloca como real a possibilidade de greve caso ninguém seja preso por agressões

Folhapress Mural destruído no CT do Corinthians

Com a greve prevista para o próximo fim de semana no Campeonato Paulista cancelada, as associações responsáveis pelo bem-estar dos atletas começam a dar as explicações sobre a suspensão da ação. Luis Carlos Moro, advogado do Sindbol (Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo), que esteve na reunião que decidiu sobre dar prosseguimento à rodada, alertou que uma paralisação entraria em choque com os interesses financeiros dos atletas e clubes, e ainda eximiu as torcidas organizadas de serem as únicas culpadas pela questão. 

“Uma greve de jogadores durante o campeonato geraria inúmeros prejuízos. Poderia, ao contrário do que queremos, de proporcionar a paz que nós precisamos, suscitar reações que poderiam ser mais violentas do que a violência que queremos extinguir”, disse Moro. 

“Torcida organizada não pode ser associada imediatamente com banditismo. As associações tem uma legalidade que se deve reconhecer e se há nesse universo pessoas que precisam ser penalmente sancionadas, nós temos que ter a ação de todas as instituições que reprimem o crime para isto”, alertou o advogado.

As torcidas organizadas foram apontadas como as principais culpadas pela violência contra os jogadores que culminou na invasão do CT Joaquim Grava no último sábado. Assustados, os atletas ameaçaram entrar em greve no próximo final de semana, mas a possibilidade foi oficialmente descartada nesta sexta-feira, apesar de tal ação poder ainda ocorrer no futuro.

“A violência é um fenômeno social que vai muito além da relação trabalhista, então precisamos na verdade achar um consenso, unir ações e forças, no sentido se não de extiguir, por que a violência é um fenomeno social, termos a segurança de que podemos reduzir a violência, mas não vamos fazer isso impondo e tranformando a greve em primeiro recurso e não em último de negociação”, lembrou Moro

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