Agente desmente jogador que diz ter sido abandonado em Portugal

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2015 21h10
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Lisboa, 29 jan (EFE).- Acusado pelo meia-atacante Caio de abandono, o agente Sérgio Neves desmentiu nesta quinta-feira a versão apresentada pelo atleta ao Sindicato de Jogadores Profissionais de Portugal (SJPF), algo que já havia sido feito na quarta-feira pelo Naval, clube que também está envolvido no caso

Na terça-feira, o atleta de 22 anos, que já está no Brasil, procurou o SJPF para dizer que clube e empresário não cumpriram a promessa de lhe darem um contrato profissional e ainda o deixaram sem recursos para retornar para casa.

“Temos provas que mostram que as acusações são infundadas, como os bilhetes de avião que compramos para o jogador para que voltasse ao Brasil”, afirmaram fontes da empresa de Sérgio Neves à Agência Efe.

Na quarta-feira, o Naval, clube de tradição em Portugal, emitiu um comunicado se pronunciar. De acordo com a nota, Caio se apresentou voluntariamente para ser observado, mas foi informado de que não seria contratado por problemas em sua documentação na CBF.

Ainda de acordo com a versão do clube, depois da negativa em contratá-lo, Caio pediu para ficar no alojamento da agremiação por alguns dias até voltar ao Brasil. Passadas algumas semanas, o meia-atacante foi questionado quando deixaria o país e respondeu dizendo ter sido abandonado por Sérgio Neves.

Procurada pelo Naval, a empresa afirmou que o meia-atacante tinha um bilhete para voltar em 19 de dezembro e que ele não se apresentou para voar.

Por sua vez, o presidente do SPJF, Joaquim Evangelista, afirmou à Efe que o comunicado do Naval é hilariante e demonstra uma postura de má fé, incompetência ou mentira e que acha estranho que o agente desconhecia a situação do jogador.

Evangelista reforçou que têm a intenção de transferir a denúncia ao Ministério Público, ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e à Autoridade para as Condições de Trabalho (ATC).

“Não podemos aceitar que isto continue ocorrendo nessas condições. Os jogadores estão às vezes sete ou oito na mesma casa, têm que pagar para vir, por seus certificados. Esse tipo de ação começa a ser uma prática habitual e deve ser proibida”, defendeu.

Na denúncia pública de Caio, o jogador também disse ter pedido a sua mãe 3,2 mil euros para pagar ao representante a emissão de seu certificado, que, no entanto, não foi feito.

A esse respeito, o Naval confirmou ter recebido 2.025 euros do empresário Sérgio Neves para solicitar o certificado internacional à CBF, que foi denegado, razão pela qual o clube disse ter informado Caio em novembro que já não estava interessado em seus serviços. EFE

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