Alguns técnicos “se esforçam para dizer bobagem”, diz Professor Pasquale

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2015 14h10
Ana Cichon/Jovem Pan Professor Pasquale comenta as expressões futebolísticas em sua participação no Esporte em Discussão

Pasquale Cirpo Neto, também conhecido como Professor Pasquale participou do Esporte em Discussão, da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (01) e destacou que existem técnicos que “se esforçam para dizer muita bobagem” quando respondem perguntas da imprensa.

“Eu deixo passar batido muitas coisas”, declarou sobre os depoimentos de técnicos e jogadores após os jogos. “Se eu ficar levando à sério o que dizem alguns professores… Jogadores não tem mais jeito. O treinador é que talvez precisasse ter um pouco mais de traquejo, ele que fala com a imprensa, ele que é a voz do time. Há alguns que se esforçam para dizer muita bobagem”, disse.

O professor de língua portuguesa ressaltou ainda a cultura, que influencia no discurso dos atletas. Segundo Professor Pasquale, o jogador de futebol espelha muito bem o que é o Brasil. “Estrangeiros sabem se expressar. Isso mostra que a educação básica funciona, vamos tomar como exemplo o Uruguai, que tem 100% de escolas públicas com computador, é um país sem analfabetos. No Brasil, o jogador vem, muitas vezes de escolas mais humildes e existe essa marca muito forte”.

Para ele, o que mais chama atenção no discurso dos jogadores é o vazio, “a repetição do nada”. “Parece que o futebol, sobretudo o discurso dos jogadores, eles não respondem nada ou respondem tudo igual. Quando a pergunta é diferente ele [jogador] diz sempre a mesma coisa, por isso que fazem falta jogadores como Rogério Ceni, para mim é mito, um jogador que está lá no alto. Sócrates também”.

Questionado sobre o técnico Osorio e sobre a forma como ele se comunica com seus jogadores, Professor Pasquale aconselha que o treinador fale o espanhol. “Espanhol para português é difícil por causa da fonética. acho mais fácil aprender uma lingua de outro grupo linguístico do que do mesmo grupo. Até o sujeito perceber que não é bem assim, mas que as línguas não são muito irmãs, tem diferença. Tempo verbal, pronúncia, grafia e até significado de palavras”, explica.

“Talvez no lugar dele [Osorio], eu falasse só espanhol. Ele é colombiano, não é argentino nem uruguaio. Para o brasileiro é mais fácil entender o espanhol da Colômbia do que o da Argentina”, ressaltou.

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