Alguns técnicos “se esforçam para dizer bobagem”, diz Professor Pasquale
Pasquale Cirpo Neto, também conhecido como Professor Pasquale participou do Esporte em Discussão, da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (01) e destacou que existem técnicos que “se esforçam para dizer muita bobagem” quando respondem perguntas da imprensa.
“Eu deixo passar batido muitas coisas”, declarou sobre os depoimentos de técnicos e jogadores após os jogos. “Se eu ficar levando à sério o que dizem alguns professores… Jogadores não tem mais jeito. O treinador é que talvez precisasse ter um pouco mais de traquejo, ele que fala com a imprensa, ele que é a voz do time. Há alguns que se esforçam para dizer muita bobagem”, disse.
O professor de língua portuguesa ressaltou ainda a cultura, que influencia no discurso dos atletas. Segundo Professor Pasquale, o jogador de futebol espelha muito bem o que é o Brasil. “Estrangeiros sabem se expressar. Isso mostra que a educação básica funciona, vamos tomar como exemplo o Uruguai, que tem 100% de escolas públicas com computador, é um país sem analfabetos. No Brasil, o jogador vem, muitas vezes de escolas mais humildes e existe essa marca muito forte”.
Para ele, o que mais chama atenção no discurso dos jogadores é o vazio, “a repetição do nada”. “Parece que o futebol, sobretudo o discurso dos jogadores, eles não respondem nada ou respondem tudo igual. Quando a pergunta é diferente ele [jogador] diz sempre a mesma coisa, por isso que fazem falta jogadores como Rogério Ceni, para mim é mito, um jogador que está lá no alto. Sócrates também”.
Questionado sobre o técnico Osorio e sobre a forma como ele se comunica com seus jogadores, Professor Pasquale aconselha que o treinador fale o espanhol. “Espanhol para português é difícil por causa da fonética. acho mais fácil aprender uma lingua de outro grupo linguístico do que do mesmo grupo. Até o sujeito perceber que não é bem assim, mas que as línguas não são muito irmãs, tem diferença. Tempo verbal, pronúncia, grafia e até significado de palavras”, explica.
“Talvez no lugar dele [Osorio], eu falasse só espanhol. Ele é colombiano, não é argentino nem uruguaio. Para o brasileiro é mais fácil entender o espanhol da Colômbia do que o da Argentina”, ressaltou.
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