Ancelotti lamenta momento do futebol italiano e vê Alemanha como inspiração

  • Por Agencia EFE
  • 12/01/2015 14h09

Redação Central, 12 jan (EFE).- Em Zurique para a cerimônia de gala da Fifa, onde concorre como melhor técnico do último ano, o italiano Carlo Ancelotti lamentou o mau momento vivido pelo futebol de seu país, mas disse enxergar uma luz no fim do túnel e deu como exemplo a atual campeã mundial, a Alemanha.

“São momentos, ciclos que passam no futebol. Aqui estou com Löw, treinador que venceu a Copa depois que a Alemanha teve problemas. Desde que começou a reorganizar todo o seu futebol, venceram. Na Itália, acontece o mesmo. É um momento crítico para o futebol italiano, mas passará porque se trata de um componente muito importante do futebol mundial”, comentou Ancelotti em entrevista coletiva junto aos outros concorrentes, o alemão Joachim Löw e o argentino Diego Simeone.

Na análise das mudanças que podem ser introduzidas no futebol, Ancelotti se mostrou a favor do uso da tecnologia na linha do gol, que já esteve presente no último Mundial, e foi crítico à regra que leva os árbitros a mostrarem cartão vermelho para o último homem em caso de pênalti. “Acho que é exagerada a regra do último homem. Pênalti e expulsão é um castigo exagerado”, considerou.

Sobre a maneira de trabalhar com elencos, o técnico do Real Madrid destacou a importância de não haver tratamento diferenciado, mesmo com craques como Cristiano Ronaldo.

“Um treinador tem que tratar todos por igual. Não tem que decidir quem é a estrela e quem não é. Em minha experiência, tive a sorte de ter jogadores com grande talento, muito profissionais, de seriedade e profissionalismo. Por isso é fácil ter relação com eles e entre esses jogadores de maior qualidade e o restante do grupo”, argumentou.

Por fim, o italiano reclamou do calendário, que impede os treinadores de preparar treinamentos de maior carga. “Antes, tinha-se uma semana para preparar uma partida. Agora, pensar nisso é uma utopia. Joga-se a cada três dias, o que muda o trabalho do treinador”, protestou. EFE

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