Antes de acidente, Senna já mostrava preocupação com segurança na F-1

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2014 12h11
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Ayrton Senna 231111

O mundo da Fórmula 1 nunca mais foi o mesmo depois do dia 1º de maio de 1994. Após a Williams de Ayrton Senna bater na curva Tamburello e tirar a vida de um dos maiores pilotos da história, a categoria despertou sobre a necessidade de dar mais seguranças aos seus pilotos. Talvez isso não fosse necessário caso a organização de F-1 tivesse dado ouvidos ao próprio Senna antes do acidente. Um dos maiores defensores da segurança para os pilotos, o brasileiro mostrava clara preocupação com os carros antes do GP de Ímola.

Em entrevista para a Rádio Jovem Pan no dia 29 de abril, Senna já deixava clara a sua preocupação com a segurança de sua Williams, principalmente por causa do comportamento dos pneus devido às mudanças nos carros para a temporada de 94. 

“Os carros estão mais velozes e menos sofisticados, então fica bem mais difícil você controlar, e a máquina está variando muito de curva a curva, de volta a volta, então você acaba ficando surpreso, porque ás vezes o carro está bom e de repente na volta seguinte não está, e em certas curvas não dá margem, então não dá para você controlar e tem um acidente”, respondeu o piloto ao ser questionado se os carros mais rápidos, mas com pneus menores e sem controle eletrônico de tração tornavam os veículos mais perigosos.

Um exemplo claro da preocupação de Senna Foi dado ainda nos treinos-livres na Itália. No mesmo dia da entrevista, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente, capotando diversas vezes. No treino classificatório, uma tragédia ainda maior,
o austríaco Roland Ratzenberger chocou-se com uma parede de concreto e acabou morrendo. Durante a corrida, seria a vez de Senna.

Antes desta série de tragédias, o brasileiro já mostrava preocupação, dadas as condições climáticas em Ímola e as dificuldades enfrentadas pelos carros no início da temporada.

“A tendência é normal, os motores vão evoluindo, são mais potentes, mas os pneus são os mesmos, embora eles evoluam com tecnologias novas, há a limitação das dimensões que eles podem ser construídos e isso limita muito o que pode ser feito. Mas é um conjunto de circunstâncias que em um dia quente como hoje, com muito vento de rajada, acaba contribuindo para que todas as condições fiquem extremamente difíceis de se controlar”, concluiu Senna.

 

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