Antes de reencontro, Wendel celebra não ter caído com Palmeiras: “milagre”

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2016 17h56

Hoje no Mogi Mirim Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divuglação Hoje no Mogi Mirim

Se você pedir para qualquer palmeirense escalar um time que tenha apenas os jogadores mais criticados pela torcida alviverde nos últimos anos, pode apostar que o nome de Wendel estará presente. Na lateral-direita, na cabeça de área ou como meia, não importa: Wendel seria titular e brigaria até pela faixa de capitão desta “seleção corneta” do Palmeiras. Durante os 12 anos em que permaneceu na equipe alviverdeWendel disputou 203 jogos e, pasmem, não marcou nenhum gol. A ineficiência ofensiva somada à pouca técnica com a bola nos pés transformou o esforçado jogador em vilão junto às arquibancadas. 

Neste domingo, contudo, Wendel reencontrará o Palmeiras. Hoje titular do Mogi Mirim, o lateral-direito enfrentará a sua ex-equipe pela última rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista. E o jogo será decisivo para ambos. O time do interior precisa de um bom resultado para escapar do rebaixamento à Série A2, enquanto que a equipe alviverde muito provavelmente terá de buscar pontos fora de casa para se classificar às quartas de final da competição. Wendel considera a partida “uma final” tanto para Palmeiras quanto para Mogi Mirim, mas, às vésperas do confronto, parou para relembrar a sua passagem pelo clube de Palestra Itália. 

Em entrevista exclusiva a Bruno Prado para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem PanWendel falou sobre a pressão que sofria ao jogar no Palmeiras, mas comemorou não ter participado da campanha de nenhum rebaixamento do time à Série B do Brasileiro – em 2002, ele ainda não havia chegado ao clube e, em 2012, estava emprestado à Ponte Preta. No ano retrasado, quando Wendel era bastante usado por Dorival Junior, o Palmeiras se livrou da degola no sufoco, na última rodada. 

Ficamos próximo do rebaixamento, mas, quando eu estava no Palmeiras, graças a Deus nós conseguimos nos livrar. Foi um milagre de Deus, mesmo. Enquanto eu joguei pelo clube, não participei de nenhum rebaixamento. Em compensação, participei dos dois acessos. Em 2003, quase não entrei em campo, mas estava no elenco. Já em 2013, participei mais ativamente. Então tenho essa alegria de ter subido duas vezes com o Palmeiras“, afirmou Wendel, que passou mais de uma década convivendo com cobranças e pressão no time verde e branco. 

No Palmeiras, era mais pressão do que em outros clubes, porque se tratava de uma equipe grandeAntes mesmo de o Zé Roberto falar que o Palmeiras era grande, eu já dizia que o clube não era grande, e sim imenso. Então, em um time grande e que precisava ganhar mais títulos do que vinha conquistando, a pressão era gigante, e as cobranças de torcida, diretoria e imprensa, também“, avaliou o jogador, antes de decretar: “foram doze anos de muita alegria, felicidade e uma história bem bacana. Tudo que ganhei na minha vida eu devo a Deus e ao Palmeiras”. 

Hoje, Wendel não tem mais nenhum vínculo contratual com o Palmeiras. Com a chegada de Alexandre Mattos e Oswaldo de Oliveira, no início de 2015, o jogador perdeu espaço e não renovou com o clube alviverde. Depois de um ano inteiro no Boa Esporte, de Minas Gerais, Wendel assinou com o Mogi até o final do Campeonato Paulista. Depois de domingo, ele quer se transferir para alguma equipe que dispute no mínimo a segunda divisão nacional – o Mogi Mirim vai competir na Série C em 2016.

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