Após polêmica, arquiteta fará novo projeto para estádio olímpico de Tóquio
Tóquio, 7 set (EFE).- A arquiteta anglo-iraquiana Zaha Hadid anunciou nesta segunda-feira que apresentará um novo projeto no concurso público para a construção do estádio olímpico de Tóquio 2020, depois de o governo ter desprezado sua primeira proposta após uma grande polêmica sobre o aumento dos custos da obra.
Zaha trabalhará agora em parceria com o grupo japonês Nikken Sekkei para elaborar um projeto projeto e remetê-lo à convocação aberta pelo governo e pelo Comitê Organizador de Tóquio 2020, assinalaram ambas as partes em comunicado divulgado hoje.
“A partir de seus dois anos de trabalho e de experiência (no projeto anterior do estádio olímpico), Zaha Hadid Architects e Nikkei Sekkei estão capacitados para desenvolver com rapidez um projeto com um orçamento equilibrado”, afirma o comunicado.
O objetivo de Hadid e do grupo japonês é apresentar o projeto “mais eficaz e com o custo mais ajustado possível” para que o estádio esteja pronto a tempo para os Jogos Olímpicos de 2020, acrescentou a anglo-iraquiana, vencedora do prêmio Pritzker, apelidado de “Nobel da arquitetura”, em 2004.
A proposta anterior de Hadid para o novo estádio olímpico japonês foi escolhido em 2012, mas em julho deste ano o governo decidiu descartá-lo depois de o custo de construção ter subido para US$ 2 bilhões, o dobro do inicialmente orçado.
No projeto original da arquiteta, o estádio teria 80 mil lugares e teto retrátil. Antes de ser desprezado, recebeu muitas críticas devido ao custo, a magnitude excessiva e por ser pouco adaptado ao entorno da região onde será erguido.
Segundo as novas diretrizes do governo japonês, o novo estádio olímpico para Tóquio 2020 terá um custo máximo de US$ 1,28 bilhão e contará com 68 mil lugares fixos.
A convocação para apresentação de novas propostas permanecerá aberta até novembro. As obras devem começar no fim de 2016, com previsão de conclusão no início de 2020. EFE
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