Após problemas com visto, Erick Silva espera vencer Story para crescer no UFC
Erick Silva é mais um lutador brasileiro que saiu do Jungle Fight e agora tenta crescer no UFC, a maior competição de MMA do mundo. Entretanto, esse novo passo em sua carreira terá de esperar por mais um tempo. Sua luta contra o americano Rick Story, pelo UFC Fight Night de 27 de junho, em Hollywood, teve de ser cancelada por problemas com o visto, e agora está marcada para o dia 23 de agosto, em Saskatchewan, no Canadá.
Em entrevista ao repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan, Erick falou sobre seu objetivo de disputar o cinturão dos pesos-médios. “O Rick Story é um atleta muito duro e é o décimo colocado do ranking da categoria. Para mim, é muito importante vencer um atleta bem ranqueado”, disse. Seu trunfo para superar esse desafio é a preparação que vem fazendo há dois meses e a experiência ganha no Jungle Fight, evento brasileiro de MMA.
“O Jungle junta os melhores atletas a nível nacional. Então, quando você sai de lá para o UFC, é porque já pegou muitos lutadores duros. No Brasil tem vários atletas bons, com técnica muito boa e estilos diferentes. Realmente se você vai para o UFC traz uma bagagem. Já sai preparado para enfrentar os melhores do mundo, só que é lógico que um degrau de cada vez. Muitos lutadores do UFC que estão lá atrás no ranking, se fossem lutar no Jungle, não venceriam”, analisa.
Apesar da experiência, Erick Silva tenta corrigir uma de suas falhas nas últimas lutas: o condicionamento físico. “A gente tem que ser realista e ver no que erra. Mas acho que isso já foi mudado oito meses atrás. Na última derrota vimos todos os pontos em que erramos. Quando se fala em problema de manter o gás parece que é falta de treino, mas não é exatamente isso. Realmente erramos na reposição de peso, o que prejudicou bastante o condicionamento, e na hora da luta você acaba ficando sem energia para o fim”, admitiu o atleta de 31 anos. “Mas tenho uma equipe médica muito boa, a cada dia estamos colocando mais a ciência no esporte”.
Por fim, o lutador deu seu palpite para duas lutas envolvendo brasileiros UFC. No combate entre Renan Barão e TJ Dillashaw, em 25 de julho, pelo cinturão dos pesos-galo, Erick acredita que o favoritismo é do americano, pois “a performance dele na última luta foi realmente muito boa. Ele se dedicou bastante no camping dele. A torcida é total para o Renan Barão, mas ele tem que ter treinado bastante”. A história não muda muito em relação a Bethe Correia contra Ronda Rousey, no UFC 190, em 1º de agosto, pelo cinturão dos pesos-galo feminino.
“Todos os atletas têm chances, mas o favoritismo é da Ronda. Ela vem mantendo o cinturão e evoluindo a cada dia, tanto na parte em pé quanto na parte de queda, que é seu forte. Ela consegue se destacar mais do que as melhores lutadoras que existem na categoria. É claro que a Bethe tem uma mão muito pesada, a gente confia bastante nisso, mas a Ronda é a favorita”, avaliou Erick Silva.
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