Após suspender torneios, CBDA confirma Brasileiro de Nado Sincronizado
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou nesta terça-feira que vai realizar o Campeonato Brasileiro de Categorias de Nado Sincronizado, conhecido como Brasileirão, que estava previamente marcado para acontecer na Vila Olímpica Parahyba, em João Pessoa, na Paraíba, entre os dias 16 e 20 de novembro.
O evento chegou a ser dado como cancelado pela própria CBDA, que, na última quinta-feira, comunicou que “até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os campeonatos nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos”.
Logo depois, na sexta, a entidade avisou que os campeonatos nacionais de natação seriam sim realizados, incluindo o Torneio Open/Brasileiro Sênior, que acontecerá entre os dias 23 e 26 de novembro, em Palhoça (SC). De acordo com a CBDA, a federação catarinense vai pagar os custos desse evento, recebendo, em troca, a taxa de inscrição. O mesmo farão à do Paraná com o Brasileiro Juvenil e a de Sergipe com o Brasileiro Infantil.
Agora, é a Federação da Paraíba quem vai assumir “a realização e a logística” do Brasileirão de Nado Sincronizado. Esses torneios são fundamentais para definir os atletas que terão direito a Bolsa Atleta no ano que vem como medalhistas nacionais. Se o Brasileiro não fosse realizado, ninguém receberia bolsa.
Na semana passada, a CBDA atribuiu a suspensão à decisão da Justiça Federal de São Paulo, que no dia 24 de outubro pediu o afastamento do presidente da entidade, Coaracy Nunes, e de outros três dirigentes da confederação. “Com esta medida os cincos esportes aquáticos envolvidos pararam. E tudo isso justo no momento em que eram estudadas as possíveis renovações de contratos de patrocínio”, afirmou a CBDA, em nota.
Segundo a entidade, a decisão dificultou a movimentação das contas bancárias da entidade, o que gerou a suspensão do pagamento dos salários. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), porém, a decisão da Justiça Federal não afeta a movimentação bancária da entidade. “Ao afastar os integrantes da cúpula da CBDA, a 21ª Vara Federal da capital paulista em nenhum momento emitiu decisão que afetasse as movimentações financeiras da entidade. Sequer a indisponibilidade de bens dos envolvidos foi decretada”, explicou o MPF, em nota.
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