Árbitro do clássico paulista vê extinção de auxilares de linha como “retrocesso”
Árbitro profissional desde 1999, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza defende a maior utilização da tecnologia para auxílio dos profissionais do apito. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o paulista de Diadema disse ver uma possível extinção dos auxiliares da linha de fundo como um retrocesso e condenou uma conduta “arrogante” por parte da arbitragem no campo de jogo.
Souza trabalhou na última rodada do Campeonato Brasileiro no duelo entre São Paulo e Palmeiras e acabou expulsando o técnico palmeirense Dorival Júnior. Apesar disso, ele negou ser um árbitro ríspido e acha que esse estilo de arbitragem não terá vida longa no futebol atual. “Acredito que esse tipo de árbitro não terá uma carreira longa. Acho que esse tipo de conduta é a arma que ele utiliza para se defender da pressão dos jogadores”, disse.
O árbitro paulista disse ver uma evolução no trato com os juízes de futebol por parte das entidades responsáveis. “Tanto a Federação como a CBF têm nos dado condições. Ficamos concentrados antes das partidas, temos um assessor que nos conta as estatísticas da equipe e falamos sobre os históricos dos jogadores. Isso tudo é para te dar uma direção, mas lá dentro do campo tudo muda”, relatou.
Sobre uma possível extinção dos auxiliares da arbitragem que hoje atual na linha de fundo, Souza disse não concordar com a medida. “Acho que é um retrocesso nós acabarmos com o adicional. O futebol é muito mais rápido atualmente, esse profissional ajuda muito. Claro que ele comete erros porque é muito difícil. Há uma fração de segundos apenas para tomar a decisão”, ressaltou o árbitro que disse já ter apitado cerca de 600 partidas profissionais na carreira.
Para o árbitro, o emprego da maior tecnologia é válido para a atuação dos profissionais do apito. “Sou a favor da tecnologia. O que for válido para ajudar a arbitragem nós queremos. Não tem ninguém que quer acertar mais no campo de jogo que o árbitro”, finalizou.
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