Argentina aposta no ataque para buscar classificação antecipada contra o Irã

Fernando Czyz.

Belo Horizonte, 20 jun (EFE).- O craque Lionel Messi pediu, o técnico Alejandro Sabella atendeu, e a Argentina vai ser mais ofensiva no duelo deste sábado contra o Irã, no qual tentará garantir vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo com uma rodada de antecipação no grupo F.

O jogo, que será disputado no Mineirão às 13h (de Brasília), também é encarado pelos iranianos como uma “final”, já que tentarão levar sua seleção pela primeira vez à fase seguinte do torneio.

Com a vitória sobre a Bósnia e o empate dos outros rivais do grupo F (Irã e Nigéria) na primeira rodada, a Argentina pode conquistar um lugar entre as 16 melhores do torneio se vencer amanhã. Já a missão do Irã é mais complicada, pois mesmo se vencer, só poderá definir seu futuro na última partida.

Este será o segundo confronto entre as duas equipes na história e o primeiro em Copas do Mundo. O único duelo ocorreu em 1977, na Copa do 75º aniversário do Real Madrid, disputada na capital espanhola. As seleções empataram em 1 a 1 no tempo regulamentar, mas os sul-americanos venceram nos pênaltis.

No sábado, a seleção dirigida por Alejandro Sabella deve entrar em campo com força máxima no ataque. Entre os titulares estarão ninguém menos que Ángel Di Maria, Lionel Messi, Sergio Agüero e Gonzalo Higuaín, que formaram o setor ofensivo contra os bósnios no segundo tempo.

Desta forma, o esquema tático da equipe passa a ser o 4-3-3, com um atacante a mais, a pedido do capitão Messi, que considera esta a melhor formação possível para o elenco. Além disso, Fernando Gago deve ser incluído no meio de campo.

Portanto, o técnico realizará duas mudanças em relação ao time titular que jogou na estreia. Gago e Higuaín entrarão nos lugares de Hugo Campagnaro e Maxi Rodríguez.

“Vai ser uma partida difícil, e acho que se deixarmos qualquer adversário jogar, podemos nos complicar, por isso é preciso buscar a vitória contra o Irã desde o início do jogo”, enfatizou Messi.

A Argentina chega à Copa do Mundo com a missão de conquistar a taça pela terceira vez após 24 anos sem conseguir passar das quartas de final. A última vez que a seleção alvianil conseguiu disputar sete partidas no torneio foi na Itália, em 1990, quando foi vice-campeã ao perder a final contra a Alemanha.

Em sua quarta participação em Mundiais, o Irã corre atrás da primeira vitória nesta edição contra a equipe a ser batida no grupo F. O objetivo é chegar à terceira rodada com chances de classificação para as oitavas de final, feito que nunca foi conseguido pelo país na história da competição.

“Temos que desfrutar do jogo e seguir as instruções do treinador ao pé da letra. Não temos absolutamente nada a perder nesta partida. A Argentina é uma das favoritas ao título, algo que não se pode dizer de nós. Toda a pressão será deles, e temos que mostrar toda a nossa capacidade, assim como foi contra a Nigéria”, analisou o atacante Ghoochannejhad.

Referência no ataque e com bastante movimentação, o jogador do Charlton é a grande aposta ofensiva de uma equipe que mostrou ter uma defesa bem sólida e difícil de ser penetrada contra a seleção africana. Contra os argentinos, a escalação do primeiro jogo deve ser mantida.

Antes da partida, no entanto, o técnico Carlos Queiroz anunciou que se deixará o comando da seleção do Irã após a Copa do Mundo. Segundo o treinador, não houve acordo para a renovação de contrato.

“Eu queria ficar, mas a federação e o Ministério de Esportes não quiseram”, esclareceu o treinador lusitano, que também já dirigiu as seleções de Portugal e Emirados Árabes.

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Prováveis escalações:.

Argentina: Romero; Zabaleta, Garay, Federico Fernández, Rojo; Gago, Mascherano, Di Maria; Agüero, Messi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.

Irã: Haghighi; Montazeri, Hosseini, Sadeghi e Pooladi; Heydari, Teymourian, Nekounam e Hajsafi; Ashkan Dejagah e Ghoochannejhad. Técnico: Carlos Queiroz.

Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia) auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. EFE