Argentina pega Nigéria em data de lembranças ruins por doping de Maradona

  • Por EFE
  • 24/06/2014 11h51
EFE Maradona se envolveu em nova polêmica ao chamar o ex-genro Sergio Agüero de "cagão"

Exatamente 20 anos depois de um duelo entre Argentina e Nigéria cheio de história pela Copa do Mundo, as duas seleções voltam a se enfrentar nesta terça-feira, às 13 horas (de Brasília), desta vez no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela última rodada do Grupo F. Em 25 de junho de 1994, no Foxboro Stadium, nos Estados Unidos, sul-americanos e africanos duelavam pelo Grupo D, depois de ambos vencerem os jogos de estreia. O meia Samson Siasia abriu o placar aos 8 minutos do primeiro tempo para os africanos.

Depois disso, comandados por Diego Maradona, que fez grande jogo, os argentinos viraram, com dois gols do atacante Claudio Caniggia, ainda na etapa inicial, garantindo vitória por 2 a 1. Cinco dias após o duelo, foi anunciado que o camisa 10 havia sido flagrado no exame antidoping feito após o jogo, o seu último em Copas.

Depois disso, houve mais cinco encontros entre argentinos e nigerianos, dois deles pelo torneio, em 2002 e 2010, com duas vitórias dos sul-americanos por 1 a 0. Este, no entanto, é o primeiro a acontecer no aniversário do flagrante a Maradona.

A seleção bicampeã mundial já garantiu classificação para as oitavas de final, ao vencer Bósnia por 2 a 1 e Irã, no sufoco, por 1 a 0. Contra os nigerianos, um empate vale a primeira colocação na chave, o que deve ser suficiente para evitar um confronto com a França.

A Nigéria, por sua vez, ainda luta por classificação, e se garante com um empate. Se perder, torce para que o Irã não derrote a Bósnia. Curiosamente, africanos e asiáticos podem terminar igualados em todos os critérios de desempate, e a vaga ser decidida no sorteio.

Depois de dois triunfos sem brilho contra Bósnia e Irã, em que Lionel Messi viveu momentos de “salvador”, os argentinos estão devendo para a torcida uma atuação à altura das expectativas, com melhor desempenho ofensivo e menor “messidependência”.

Após uma reunião com o elenco ontem, sobre o nível de futebol apresentado até agora, o técnico Alejandro Sabella deverá apostar outra vez no 4-3-3, com o setor ofensivo formado pelo que os torcedores chamam de “Quarteto Fantástico”: Ángel Di Maria, Lionel Messi, Sergio Aguero e Gonzalo Higuaín.

Com discursos motivadores durante a semana, a comissão técnica espera conseguir contra a Nigéria não apenas um resultado positivo, mas o começo de uma campanha que, além de consistência ofensiva, possa levar ao título.

Apesar das suposições sobre possíveis mudanças, Sabella deverá manter o time titular que começou a partida contra o Irã, evitando poupar jogadores para os jogos de mata-mata e mantendo o respeito ao adversário desta terça-feira.

“Vimos a vitória da Nigéria sobre a Bósnia, fizeram uma boa partida. Eles têm bons jogadores e contra nossa equipe virão com tudo, pois se classificarão se vencerem”, analisou Di María.

A Nigéria chega à partida com a intenção de conseguir ao menos um ponto para evitar drama na rodada final. O técnico Stephen Keshi, no entanto, afirmou que não colocará um esquema tático defensivo e muito menos fará marcação especial para o principal jogador rival.

“Não pensamos apenas em como parar o Messi. Não se trata só dele. Os nomes não jogam no futebol”, afirmou o lateral esquerdo Juwon Oshaniwa.

Nesta segunda-feira, assim como a seleção argentina costuma fazer, o treinador nigeriano optou por manter o mistério sobre a escalação da equipe. Apenas os primeiros minutos do treino foram liberados para os veículos de imprensa, quando os jogadores realizavam atividades leves no gramado.

O sigilo supõe que mudanças ocorrerão entre os titulares. O zagueiro Oboabona, que entrou na partida de estreia, contra o Irã, pode ganhar nova chance no lugar de Yobo. O atacante Moses, titular no primeiro jogo, também pode retornar ao 11 inicial.

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