Argentina sofre, mas supera Suíça com gol de Di María na prorrogação

Bola de Di María entra aos 14 minutos da prorrogação e Argentina vence Suíça Bola de Di María entra aos 14 minutos da prorrogação e Argentina vence Suíça

Em busca de seu terceiro título desta Copa do Mundo, a Argentina já mostrou não ter grande força coletiva para chegar ao título da competição. Entretanto, a seleção sul-americana conta com Lionel Messi e Ángel Di María em grande fase. Em duelo bastante sofrido com a Suíça, nesta terça-feira, o time bicampeão venceu por 1 a 0, na prorrogação, e garantiu lugar nas quartas de final.

Apesar de ter tido maior posse de bola durante todo o confronto, a equipe comandada pelo treinador Alejandro Sabella não conseguiu transformar os passes em oportunidades claras de gol. Com isto, a decisão acabou indo para prorrogação. E, aos 13 minutos do segundo tempo, Messi fez linda jogada individual e rolou para Di María bater cruzado e marcar.

Agora, a Argentina volta a entrar em campo neste sábado, às 13 horas (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, quando duela com quem triunfar no embate entre Estados Unidos e Bélgica. Nas últimas duas edições da Copa, a equipe sul-americana acabou eliminada nas quartas de final.

O jogo: Desfalcado pelo atacante Sergio Aguero, que sofreu lesão muscular grau um na coxa esquerda na última quarta-feira, o treinador Alejandro Sabella optou por manter o esquema tático utilizado diante de Irã e Nigéria (4-3-3) e escalou Ezequiel Lavezzi. Cotado para ser utilizado como titular, o meio-campista Maxi Rodriguez foi mantido no banco de reservas.

Bastante ofensiva em sua formação, a equipe sul-americana tomou o controle da posse de bola desde o início. Entretanto, encontrava dificuldades para transformar a troca de passes em oportunidades de gol. Lionel Messi e Ángel Di Maria transitavam no campo de ataque e apostavam na individualidade, mas pouco conseguiam criar.

A Suíça, por sua vez, cumpriu o previsto e apostou em marcação recuada, buscando explorar os contra-ataques com atletas velozes e habilidosos, como o meio-campista Xherdan Shaqiri. Foi ele, inclusive, quem criou as melhores chances do primeiro tempo. Aos 27 minutos, o atleta do Bayern de Munique desceu pela direita e cruzou para o meio da área. Xhaka arrematou e Romero, no reflexo, fez grande defesa.

Dez minutos mais tarde, Shaqiri novamente subiu ao ataque pelo lado direito e, de perna esquerda, lançou para o centroavante Josip Drmic. O atacante, livre na entrada da área, tentou encobrir Romero, que não saiu do gol. O chute, porém, saiu fraco, sendo facilmente defendido pelo goleiro argentino.

Na volta para etapa complementar, a seleção comandada por Alejandro Sabella conseguiu encontrar mais espaços livres em campo, principalmente pelo setor esquerdo do ataque. Aos 13 minutos, Lavezzi fez bela jogada e rolou para Marco Rojo. O lateral invadiu a área e chutou. O goleiro Benaglio errou o tempo de bola, mas conseguiu se recuperar e espalmou. Três minutos depois foi Gonzalo Higuaín, de cabeça, quem desperdiçou chance.

Atento ao mau momento de sua equipe, o treinador alemão Ottmar Hitzfeld tirou o meio-campista Granit Xhaka e promoveu entrada de Gelson Fernandes. A alteração, contudo, não impediu que a Argentina seguisse melhor e com controle das ações ofensivas do confronto. Lavezzi, apagado na etapa complementar, saiu aos 28 minutos para entrada de Rodrigo Palacio.

Com a fraca criação em conjunto, o time bicampeão dependia da individualidade de Messi e Di María para ameaçar os europeus. A oportunidade derradeira ocorreu aos 43 minutos, quando o camisa 10 fez jogada pela esquerda e tocou para Palacio, quase na pequena área. O atacante dominou mal, de perna direita, e não impediu a prorrogação.

Na prorrogação, a Argentina pressionou os suíços logo no início, mas parou em Benaglio. A segurança apresentada pelo goleiro pareceu contagiar seus companheiros de equipe e, no final do primeiro tempo, os torcedores presentes na Arena Corinthians gritavam “olé” durante a troca de passes europeia. Para corrigir o posicionamento defensivo, Sabella tirou o lateral Rojo e o volante Fernando Gago e colocou Basanta e Biglia, respectivamente.

Mais segura na defesa, a equipe sul-americana passou a atacar com maior intensidade, até mesmo com o volante Javier Mascherano se lançando ao setor ofensivo. Aos três minutos, Di María recebeu passe de Biglia, cortou para esquerda e acertou arremate quase no ângulo. Benaglio voou na bola e espalmou para fora.

Entretanto, a Argentina tem Lionel Messi. Aos 13 minutos do segundo tempo, o camisa 10 fez linda jogada individual, escapou de falta e rolou para Di María. Na entrada da área pelo lado direito, o jogador do Real Madrid chutou cruzado e, desta vez, não deu chances ao goleiro rival, garantido a vaga nas quartas de final. Nos acréscimos, Dzemaili ainda acertou bola na trave.