Ary Graça renuncia ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Vôlei

  • Por Agencia EFE
  • 14/03/2014 15h04
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Alexandre Arruda/CBV Ary Graça renunciou depois de quase 20 anos na CBV

O presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), Ary Graça, renunciou ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em meio a um escândalo de desvio de verbas da entidade durante sua gestão, informou nesta sexta-feira a entidade. As denúncias foram feitas pela ESPN, e os contratos assinados na gestão somam R$ 20 milhões.

A renúncia de Graça foi anunciada oficialmente durante a Assembleia Geral Ordinária da entidade, informou a CBV em comunicado.

A carta de renúncia foi supostamente enviada pelo dirigente em dezembro, mas só se teve conhecimento dela nesta sexta-feira, quando foi lida na assembleia pelo presidente interino da CBV, Walter Pitombo Larangeiras, que agora assumiu efetivamente o cargo.

Larangeiras exercia provisoriamente a presidência da Confederação Brasileira porque Ary Graça tinha solicitado uma licença para poder se dedicar exclusivamente à FIVB, da qual foi eleito presidente em 2012.

A renúncia foi anunciada apenas dois dias depois que a CBV anunciou a contratação de uma auditoria externa para examinar os contratos de patrocínio após as denúncias sobre supostos desvios de fundos para duas empresas.

Durante a Assembleia, o agora novo presidente da CBV “reforçou seu compromisso com uma gestão transparente”, segundo o comunicado da entidade.

“Quando assumimos, estabelecemos uma linha reta de conduta e não nos afastaremos em nenhuma hipótese”, assegurou Larangeiras citado na nota.

Segundo as denúncias contra a entidade, parte dos fundos procedentes do patrocínio ao vôlei brasileiro estipulado com o Banco do Brasil foram transferidos a terceiras empresas pela suposta intermediação na negociação desses contratos.

A CBV pagou R$ 10 milhões à empresa S4G Gestão de Negócios, cujo proprietário, Fábio André Dias Azevedo, seria um homem de confiança de Graça, e outros R$ 10 milhões à firma SMP, propriedade do superintendente geral da entidade, Marcos Pina, que renunciou.

Os dois pagamentos foram feitos pela suposta intermediação do patrocínio, mas o Banco do Brasil, controlado pelo Estado, informou que o acordo foi negociado diretamente com a CBV sem nenhum intermediário.

As denúncias envolvem um esporte que cresceu significativamente nos últimos anos no Brasil e colheu sucessos, como medalhas olímpicas em feminino (Londres 2012) e masculino (Atenas 2004), campeonatos mundiais, entre outros. 

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