Atacante se irrita com narração de rádio gaúcha: “tremenda falta de respeito”

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2014 10h58

Rafael Moura foi o autor do gol que garantiu a vitória do Internacional sobre o Santos

Folhapress Rafael Moura comemora gol do Inter contra o Santos

Rafael Moura voltou a balançar as redes depois de um longo jejum na vitória do Internacional sobre o Atlético-PR por 1 a 0. Porém, a felicidade do centroavante acabou quando ouviu seu gol sendo narrado por Luís Augusto Alano, locutar da Rádio Gaúcha. O jogador, em nota oficial, classificou o tom irônico do jornalista como “falta de respeito”. 

“A infelicidade que tive durante 777 minutos sem marcar gol foi a mesma que o locutor da Rádio Gaúcha, Luís Augusto Alano, conseguiu em apenas 7 segundos durante a narração do meu gol, que garantiu a vitória do Inter diante do Atlético-PR: “Gol do Internacional! Gol de Rafael Moura merece mais um grito, porque sabe lá Deus quando ele vai fazer mais um”… Aceito todo e qualquer tipo de crítica construtiva, mas o que minha família (filhas, pais e esposa) ouviu no momento de maior alegria do futebol foi uma tremenda falta de respeito”, escreveu o atacante colorado. 

Muito criticado pela torcida pela falta de gols, Rafael Moura já havia emitido nota oficial dizendo que não entendia as vaias direcionadas exlusivamente a ele. Desta vez, o atacante agradeceu a torcida e condenou a ação de Alano. ” O que não posso é achar normal nem aceitar calado um formador de opinião de um dos veículos de comunicação mais importantes do país tripudiar em cima de uma carreira honesta, construída à base de muito suor e dedicação”, disse ainda no comunicado. 

Provavelmente com Rafael Moura no ataque, na próxima quarta-feira (23), o Internacional recebe o Criciúma no Beira-Rio, em partida válida pela 24ª rodada.

Leia, na íntegra, o comunicado emitido pelo atacante:

“A infelicidade que tive durante 777 minutos sem marcar gol foi a mesma que o locutor da Rádio Gaúcha, Luís Augusto Alano, conseguiu em apenas 7 segundos durante a narração do meu gol, que garantiu a vitória do Inter diante do Atlético-PR: “Gol do Internacional! Gol de Rafael Moura merece mais um grito, porque sabe lá Deus quando ele vai fazer mais um”… Aceito todo e qualquer tipo de crítica construtiva, mas o que minha família (filhas, pais e esposa) ouviu no momento de maior alegria do futebol foi uma tremenda falta de respeito

As vaias da torcida mexeram, sim, com meu brio. Contudo, ela, em momento algum, faltou com respeito ou utilizou a violência. Cobrou porque sabe que posso render mais. E a experiência me fez entender que o futebol é assim: o mesmo torcedor que me vaiou foi o mesmo que me abraçou sábado na comemoração do gol, que recolocou seu time do coração na briga pelo título. O que não posso é achar normal nem aceitar calado um formador de opinião de um dos veículos de comunicação mais importantes do país tripudiar em cima de uma carreira honesta, construída à base de muito suor e dedicação. É muito difícil conviver com pessoas que sentem prazer em denegrir o trabalho alheio, que não sabem expor seu ponto de vista de uma forma profissional e imparcial, como se espera de um bom jornalista.

Quando escolhi vir pro Internacional, sabia que encontraria aqui uma instituição extremamente séria em todos os seus departamentos. Hoje, o Inter possui um grupo de jogadores acima da média e uma comissão técnica entre as melhores do país. Por isso, não adianta pressão externa tendenciosa com o intuito de escalar o time, já que no clube existem profissionais altamente capacitados para realizar essa função”.

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