“Até Rui Barbosa perderia para STJD”, diz vice jurídico da Lusa

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2014 14h56
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RIO DE JANEIRO, RJ, 16.12.2013: STJD/PORTUGUESA - Torcedores da Portuguesa lamentam rebaixamento após o resultado do julgamento. Por 5 a 0, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu, em primeira instância, punir a Portuguesa com a perda de quatro pontos, rebaixando a equipe paulista para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2014. A decisão faz com que o Fluminense seja mantido na Série A. (Foto: Wagner Meier/AGIF /Folhapress) Folhapress Lágrimas e sorrisos: confira imagens dos torcedores após o julgamento que rebaixou a Lusa

Sem constar na tabela do Campeonato Brasileiro da Série A a Portuguesa voltou a se manifestar. A Jovem Pan conversou com exclusividade com o vice diretor jurídico do clube, Orlando Cordeiro Barros, que garantiu ser a favor de tentar a Justiça Comum e disse ter vergonha do STJD.

“Desde o inicio tenho dito isso, que a Portuguesa teve direito lesado e deve ir atrás. Acabou, não tem terrorismo ou ameaça. O ordenamento jurídico é soberano”.

Ele explicou, no entanto, que a decisão depende do Conselho Deliberativo, Conselho de Orientação e Fiscalização, Assembleia Geral e o presidente executivo: “Se eles entenderem que a conduta do judiciário é pertinente, nós proporemos a ação; se entenderem que não, não resta alternativa à Portuguesa senão amargar a Série B”.

A lamentação com decisão do STJD é grande, e Orlando diz que não dá para levar a sério, nem chamar de tribunal. “Se Rui Barbosa ressuscitasse e defendesse a Portuguesa ele tomaria de 9 a 0 com louvor e ia ouvir o seguinte: ‘Aqui é assim, meu amigo’. É como se o ordenamento jurídico para eles fosse uma coisa a parte e fosse uma construção doutrinária jurisprudencial somente deles”.

Orlando ainda explica que não exime a Portuguesa de culpa, e se o Ministério Público provar que houve erro ou má fé os nomes devem ser apontados e punidos, mas que não o STJD é uma insegurança jurídica para todos.

“Se julgamento fosse técnico e isento a Portuguesa não tinha nada a temer, mas eu sempre disse que ali seria politico e a camisa pesaria bastante, como aconteceu. É ruim para todos, uma vergonha para o futebol brasileiro e para quem tem um mínimo de decência”.   

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