Atentados na Bélgica fazem organizadores da Olimpíada redobrarem segurança

Segurança nas Olimpíadas

 Os recentes atentados na Bélgica obrigaram os organizadores da Olimpíada do Rio de Janeiro a redobrar a segurança na cidade e reforçar as ações antiterrorismo. As autoridades brasileiras já estão trocando informações com especialistas internacionais, mas a preocupação com possíveis atentados cresceu desde os ataques em Paris, em novembro do ano passado.

O secretário extraordinário para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Passos Rodrigues, avalia que o apoio internacional será decisivo: “Teremos um centro integrado antiterrorismo e nós pretendemos convidar quase uma centena de países para que tragam policiais com expertise e conhecimento na área de inteligência policial de enfrentamento ao terrorismo, para que tenhamos um foro específico, uma troca de informações célere e decisões tomadas imediatamente, com qualidade e insistência em uma resposta”. De acordo com Rodrigues, as ruas do Rio de Janeiro terão policiais de mais de 50 países durante os Jogos.

Mas o diretor do departamento de contraterrorismo da Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Salaberry, diz a Thiago Uberreich que não existe risco zero: “Eu vi algumas pessoas mencionando de forma leviana que houve falhas na atividade de inteligência nesses atentados na Bélgica. Nas tentativas de prevenção de uma atividade dessa natureza, as possibilidades são quase infinitas e os meios são finitos”.

Um centro de inteligência com a participação de profissionais de mais de 100 países vai funcionar durante a Olimpíada. As delegações terão uma proteção especial, já que serão mais de 10 mil atletas no Brasil.