Austrália mostra superioridade e conquista 1º ouro feminino no rugby 7

  • Por EFE
  • 09/08/2016 08h53

As australianas conquistaram o primeiro ouro da história do rugby feminino

Agência EFE As australianas conquistaram o primeiro ouro da história do rugby feminino

Uma Austrália arrasadora mostrou toda a sua superioridade e se tornou a primeira campeã olímpica de rugby 7 feminino ao superar a sua maior rival no torneio, a Nova Zelândia, por 24 a 17, numa final emocionante na qual as vencedoras impuseram sua maior força e técnica no Estádio de Deodoro.

As australianas viram as rivais abrirem o placar aos 4 minutos com McAllister, mas depois fizeram uma partida impecável e foram criativas nas jogadas para perfurar a defesa da Nova Zelândia, uma das melhores equipes do mundo, que hoje teve que se contentar com a prata.

A versatilidade da Austrália foi um fator de desequilíbrio nesta final, com seus quatro tries marcados por jogadoras diferentes. A equipe foi a mais completa do torneio, no que foi mais uma conquista após o título da World Series deste ano.

A superioridade australiana era flagrante, inclusive pela vantagem que chegou a 19 pontos a quatro minutos do fim da partida. A diferença só caiu para os 11 pontos finais com o relaxamento das campeãs nos momentos finais, o que permitiu que a Nova Zelândia diminuísse o prejuízo.

O início da partida, no entanto, parecia prever um destino diferente, com uma Nova Zelândia dominante. A equipe que viria a ficar com a prata mal deixava a futura campeã tocar na bola. Kayla McAlister abriu o placar com um try após jogada magistral, mas as coisas logo mudariam.

A Austrália conseguiu virar o marcador ainda antes do intervalo, com um grande desempenho físico para superar o bloqueio defensivo neozelandês, pressão que se traduziu em três tries consecutivos.

O terceiro deles aconteceu momentos antes do intervalo, com a Austrália aproveitando uma superioridade numérica causada pelo cartão amarelo mostrado para Portia Woodman, a melhor jogadora da Nova Zelândia.

Após o intervalo, Ellia Green e Caslick ampliaram a vantagem das australianas ao abrirem espaços que desarrumaram a defesa neozelandesa.

Só nos últimos minutos a Nova Zelândia conseguiu encurtar a distância no placar, aproveitando que a Austrália diminuiu um pouco o ritmo. Depois do try definitivo, já com o tempo esgotado, Tyla Nathan-Wong quase não conseguiu executar o tiro de conversão que lhe restava, entre lágrimas e com suas companheiras jogadas ao chão entre lamentos pela derrota.

Depois da partida, as neozelandesas premiaram o público com o único “haka” que fizeram em toda a competição.

A medalha de bronze foi decidida com a vitória do Canadá por 33-10 sobre a Grã-Bretanha na disputa pelo terceiro lugar, realizada instantes antes da final.

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