Autoridade esportiva máxima do Peru renuncia por ligação com foragido

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 17h42

Lima, 5 nov (EFE).- O presidente do Instituto Peruano do Esporte (IPD), principal organização esportiva do país, Francisco Boza, apresentou nesta quarta-feira sua renúncia irrevogável ao cargo por sua ligação com o empresário foragido Martín Belaúnde.

Medalhista de prata no tiro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, Boza renunciou à presidência do IPD em carta divulgada hoje pela instituição governamental que rege a atividade esportiva do país.

O dirigente estava à frente da entidade desde 2011 e deixou o posto após ter admitido em entrevista à “Rádio Programas del Perú (RPP)” na última segunda-feira que solicitou a ajuda de Belaúnde para gestões no Congresso sobre o orçamento do instituto.

O objetivo era modificar o orçamento geral de 2013 para que os recursos ordinários do IPD destinados em 2012 a obras para os Jogos Bolivarianos, ocorridos no ano passado em Trujillo, pudessem ser usados no financiamento da remodelação do complexo esportivo Elías Aguirre, da cidade de Chiclayo.

Boza decidiu renunciar um dia depois que o congressista Víctor Isla pediu sua saída. Na próxima sexta, o dirigente terá que comparecer a uma comissão parlamentar para explicar sua vinculação com Belaúnde. O empresário, que foi acessor da campanha presidencial de Ollanta Humala em 2011, está foragido e tem uma ordem de prosição por seu envolvimento em uma rede de corrupção na região de Ancash.

O IPD depende do ministério da Educação do Peru, está composto pelas várias federações esportivas do país e administra vários estádios e instalações esportivas, como o Estádio Nacional, situado em Lima.

Durante a gestão de Boza, o instituto organizou os Jogos Bolivarianos de 2013 e conquistou para a capital peruana o direito de sediar os Jogos Pan-americanos de 2019. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.