Barcelona admite ter cometido dois crimes fiscais na transferência de Neymar

  • Por Agência EFE
  • 10/06/2016 10h02
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EFE Presidente do Barça

O Barcelona, a Promotoria e a Advocacia do Estado da Espanha chegaram a um acordo nesta quinta-feira, em que o clube admite dois delitos contra a Fazenda Pública por sonegação de impostos na contratação do atacante Neymar e se compromete a pagar uma multa de 5,5 milhões de euros.

Segundo apurou a Agência EFE junto a fontes ligadas ao processo, o acordo também inclui o arquivamento do processo contra o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o ex-presidente Sandro Rosell, para quem o promotor tinha pedido dois anos e três meses de prisão e sete anos e seis meses, respectivamente, por diferentes crimes.

O acordo extrajudicial deve ser ratificado na tarde de hoje por membros da diretoria do Barcelona, que realiza uma reunião extraordinária para tratar sobre o assunto.

No texto a ser assinado, o clube admite ter cometido irregularidade em 2011, quando pagou 10 milhões de euros à N&N, empresa da família do jogador, para ter prioridade na compra dos direitos em 2014.

O outro delito, conforme o Barça assumirá, aconteceu em 2013, no pagamento de 40 milhões de euros como multa por contratar o atleta um ano antes do previsto.

Nestes dois acertos, o clube catalão fraudou 9,3 milhões de euros, segundo a Agência Tributária, que aponta que os dois pagmentos deveriam ter sido declarados como salário de Neymar, e não como prestação de serviços de uma pessoa jurídica.

A este montante sonegado, se somam os 5,5 milhões de euros de multa, o que dá total de 14,8 milhões de euros. Até o momento, já foram pagos 13,5 milhões de euros, em uma declaração complementar apresentada assim que o Barcelona foi informado da condição de acusado.

O Ministério Público tentou, durante julgamento, elevar a multa para 22,2 milhões de euros, além de 9,55 milhões de euros para Rosell e 1,9 milhão de euros para Bartomeu, por responsabilidades civis no caso.

O acordo, além disso, deverá interferir no processo que o grupo DIS move contra Barcelona e o atleta. Proprietária de 40% dos direitos do atleta antes da negociação de 2013, a empresa cobra que seja recalculado o valor a que tem direito, devido aos pagamentos não declarados que foram descobertos na justiça.

A DIS recebeu em cima dos 17,1 milhões de euros que o Barcelona declarou inicialmente, mas as investigações apontaram que o montante total da transferência chega a 83,3 milhões de euros.

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