Blatter critica operação dos EUA e questiona: “preso? Por qual motivo?”

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2015 11h41
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EFE Blatter concedeu entrevista coletiva neste sábado (30)

Um dia após se reeleger presidente da Fifa, Joseph Blatter encarou um dura entrevista coletiva neste sábado (30) e foi bombardeado pela imprensa que questionou o cartola com perguntas sobre o escândalo de corrupção na entidade máxima do futebol.

Questionado se teme ser preso, assim como outros sete dirigentes da Fifa, Blatter respondeu com outra pergunta: “preso? Por qual motivo?”

Apertado por jornalistas, o presidente reeleito afirmou não saber quem pagou US$ 10 milhões para Jack Warner: “Eu não conheço essas alegações. Se ela se encontra em algum lugar da investigação, vamos deixar que a investigação prossiga e traga resultados. Definitivamente, não sou eu. O que posso dizer é que não tenho esses US$ 10 milhões”, disse.

O suíço destacou que tem responsabilidade pela crise na entidade, mas dividiu a culpa com todo o comitê executivo da Fifa: “é preciso que haja responsáveis, e eu assumo essa responsabilidade. Mas a divido com o Comitê Executivo, todos no comando da Fifa devem assumi-la”, afirmou.

Em outra resposta, porém, Blatter diminuiu sua responsabilidade e destacou que não pode controlar o comportamento dos corruptos envolvidos no maior escândalo da história da entidade: “o que é certo é que se trata de indivíduos, sim. Todo mundo tem responsabilidade pelo seu comportamento ético e moral. Eu, como presidente, não posso ser responsabilizado pelos outros. Os membros do Comitê Executivo não são eleitos por mim, mas sim pelas federações. O que queríamos fazer é que tenha um controle moral melhor. Que cada federação seja responsável pelo comportamento, pelos valores morais e éticos, dos seus membros”.

Momentos antes da coletiva, Joseph Blatter concedeu entrevista exclusiva para a TV Suíça RTS, e criticou a ação dos Estados Unidos. Segundo o presidente, a investigação americana pode se tratar de revanchismo, afinal, os norte-americanos perderam a Copa do Mundo de 2022: “ninguém vai me tirar a ideia de que é apenas uma simples coincidência que a operação dos EUA tenha acontecido dois dias antes da eleição da Fifa”, declarou.

“Os americanos eram candidatos em 2022 e perderam. Os ingleses foram candidatos em 2018 e perderam. Temos respeito pelo sistemas judicial dos EUA, mas se eles sofreram um crime financeiro, devem prender essas pessoas lá, não em Zurique durante o Congresso da Fifa”, completou.

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