Bola de Ouro: jornalistas estrangeiros dão seu palpite sobre quem leva o prêmio

Messi é o favorito ao prêmio da Bola de Ouro

No dia 11 de janeiro de 2016, a Fifa anunciará o vencedor do prêmio Bola de Ouro que coroa o melhor jogador de 2015. O argentino Lionel Messi busca seu quinto título, enquanto Cristiano Ronaldo tenta seu quarto e Neymar é o “azarão” em sua primeira final. Para tentar antecipar quem levará o prêmio, o repórter Felipe Motta, da Rádio Jovem Pan, pediu a opinião de jornalistas internacionais: um catalão, outro madrilenho e um português. Confira o que cada um deles pensa.

Oriol Puigdemont, do El País:

“A ascensão de Neymar ao pódio da Bola de Ouro é interessante porque rompe um pouco a inércia dos últimos. Precisamos lembrar que desde 2007 todas as Bolas de Ouro são repartidas por Messi, que tem quatro, e Cristiano Ronaldo, que tem três. No meu ponto de vista, Messi ainda está um pouco acima de Neymar porque, apesar de o número de gols ser parecido, ao redor de 40, em assistências Messi duplica as de Neymar: são 24 por 12. Isso é muito significativo porque é um elemento que permite concluir que a importância do Messi no aspecto coletivo da equipe ainda é superior à de Neymar.”

Jorge Scorial, da rádio Cadena SER, de Madrid:

Na Espanha se comenta que Cristiano Ronaldo não deveria estar entre os três indicados à Bola de Ouro. Mais chamativa é a presença de Cristiano e a não presença de Luís Suárez, depois de uma temporada espetacular do uruguaio e uma medíocre do português, em um ano em que o Real Madrid não conseguiu nenhum título, somente o Mundial de Clubes e a Supercopa. Precisamos recordar que a Bola de Ouro é um prêmio que se dá pelo rendimento de um ano natural de um jogador para com sua equipe. No caso de Cristiano, ele não esteve acompanhado de títulos, e portanto se pensa que é um pouco mais por motivo de tradição ele ter ficado entre os três melhores.  De qualquer forma, para mim, está claro que Messi é o vencedor e que Neymar estará à frente de Cristiano Ronaldo na votação final. Mas estará longe de Messi, que foi o melhor da temporada.

Valter Madureira, da rádio RTP de Portugal

A presença de Cristiano Ronaldo, é claro, é inevitável, pelo rendimento que o português tem tido nos últimos anos. Já é uma presença assídua, regular. Nos últimos anos, Messi e Cristiano Ronaldo têm tido presença assídua, com um terceiro candidato variável, e agora o Brasil tem novamente um brasileiro na final com a inclusão de Neymar. Naquilo que é a avaliação da presença de Cristiano Ronaldo podemos dizer que é normal, e até esperada, no entanto não será de esperar um triunfo dele. Cristiano Ronaldo foi o próprio e o primeiro a assumir que Messi estaria na linha de frente e o rendimento, quer na seleção portuguesa, quer no Real Madrid, irão condicionar muito a atribuição desse prêmio. Ronaldo conseguiu marcas individuais importantes, no entanto o rendimento coletivo ficou muito aquém do esperado, e isso pode e vai ter um peso muito importante na atribuição final deste prêmio. Ronaldo não teve uma época muito positiva em termos coletivos e será normal que mesmo nós portugueses tenhamos que assumir que ele não vai conquistar o troféu. Cristiano Ronaldo tem um adversário muito forte e que esteve, mais uma vez, imparável.