Brasil chega a doze candidatos ao Rio-2016 pegos no doping em um ano
Descontando atletas amadores e de menor nível técnico, pelo menos 12 esportistas brasileiros com chances reais de estarem nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 foram flagrados em exames antidoping em 2015. O caso mais recente é de Sueli Pereira, melhor brasileira da última edição da Corrida Internacional de São Silvestre, que teve resultado adverso para o hormônio sintético EPO. Duas semanas depois, em 10 de janeiro, ela voltou a testar positivo durante a Corrida de Reis, em Cuiabá.
De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), atualmente 12 brasileiros cumprem suspensão por doping, sendo dois deles atletas que estão inelegíveis para toda a vida. A maioria dos esportistas desta lista, entretanto, participa somente de corridas de ruas e não tentavam vaga na Olimpíada.
Não é o caso de Sueli Pereira, quarta colocada no ranking brasileiro da maratona em 2015 e que, com o tempo de 2h39min36s, tem índice para os Jogos Olímpicos do Rio. De acordo com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), ela foi notificada sobre os resultados dos exames na semana passada. A CBAt ainda não aplicou a suspensão provisória usual neste tipo de caso.
A lista de atletas atualmente suspensos pela CBAt inclui Vanda Gomes dos Santos, membro do revezamento 4x100m na última Olimpíada, que vai cumprir gancho até setembro. Quem também está afastada é Simone Alves da Silva, recordista sul-americana dos 5 000m e afastada das pistas desde 2011.
A modalidade recordista de atletas suspensos por doping, entretanto, é o ciclismo. Só no ano passado foram quatro casos, incluindo nomes de peso como Uênia Fernandes, da seleção brasileira feminina, e Fernando Fikler, campeão nacional no sub-23. Em 2014, outros seis brasileiros foram punidos por doping na modalidade.
O levantamento de peso teve três casos divulgados de doping no ano passado. Pat Mendes foi flagrado nos Jogos Pan-Americanos, enquanto duas atletas menores de idade, uma delas campeã mundial júnior, caíram em exames realizados no Campeonato Sul-Americano, em dezembro.
No remo, Kyssia Cataldo e Nayara Furtado foram excluídas da delegação que disputaria o Pan em Toronto após serem flagradas no doping em um exame surpresa enquanto já treinavam com a natação. Também num exame surpresa caiu Clélia Costa, medalhista de bronze no Mundial Feminino de Boxe.
Também o futebol tem um atleta da seleção olímpica suspenso por doping: o meia Fred, que atua na Ucrânia e testou positivo para um diurético durante a Copa América do ano passado. Outros dois casos de doping, dos volantes Wellington e Nilton, do Internacional, não estão relacionados a jogadores com chances de irem à Olimpíada.
A natação não teve casos positivos de doping em 2015. O caso mais recente foi de João Gomes Júnior, que cumpriu seis meses de suspensão após o Mundial de Piscina Curta de 2014 e já voltou a competir. Porém, um nadador de alto rendimento segue suspenso: Evandro Silva, especialista nos 400m medley. Entre 2010 e 2014, o Brasil teve 15 atletas da natação suspensos por doping.
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