Brasil perde para Holanda em Brasília e iguala marca histórica negativa

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2014 18h57
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Netherlands' defenders Ron Vlaar and Bruno Martins Indi (L) celebrate at the end of the third place play-off football match between Brazil and Netherlands during the 2014 FIFA World Cup at the National Stadium in Brasilia on July 12, 2014. Netherlands won 3-0. AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI AFP Confira em imagens as emoções de Brasil x Holanda na disputa pelo 3º lugar

O Brasil voltou a decepcionar e foi derrotada pela Holanda por 3 a 0, na noite deste sábado, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília e ficou na quarta colocação da Copa do Mundo. Com a derrota, os brasileiros igualaram a marca negativa do Mundial de 1974, único ano que o país perdeu duas vezes em copas.

Já a Holanda não tem o que reclamar. Com o terceiro lugar garantido, a Laranja Mecânica comandada por Louis Van Gaal ainda terminou a competição sem conhecer uma derrota, já que foi derrotada pela Argentina na semifinal após empatar durante 120 minutos.

No primeiro tempo, Van Persie e Blind abriram dois gols após erros do árbitro argelino Djamel Haimoudi, que marcou pênalti em Robben em lance claramente fora da área e não deu impedimento de Wijnaldum na jogada do segundo gol. O mesmo Wijnaldum voltou a aparecer e fechou o placar já nos acréscimos.

Brasil sofre com seus erros e do árbitro

Com Sneijder, carrasco de 2010, fora do jogo após sentir uma lesão muscular no aquecimento, o Brasil achou que encontraria mais facilidade em campo. O que se viu logo no início foi o contrário.

Logo em seu primeiro avanço, Robben invadiu em velocidade e Thiago Silva o puxou pela camisa para evitar o gol. O árbitro Djamel Haimoudi da Argélia, erroneamente, marcou pênalti e só deu apenas o amarelo para o capitão brasileiro, que deveria ser expulso por ser o último homem entre o atacante e o goleiro.

Van Persie ficou encarregado de cobrar e não decepcionou. Com muita qualidade, o camisa 9 mandou no ângulo esquerdo de Julio César e colocou os europeus na frente logo aos 2 minutos.

Após marcar, Van Gaal colocou a sua equipe posicionada para buscar o contra-ataque e o Brasil teve a chance de trabalhar a bola. Aos 10, Maxwell foi até a linha de fundo e cruzou para Jô, que foi bem marcado por De Vrij e não conseguiu chegar para completar.

A Holanda tinha espaço para jogar e voltou a marcar aos 15. Robben puxou contra-ataque e achou De Guzmann sozinho. O substituto de Sneijder, em posição de impedimento, mandou na área e David Luiz cortou mal para o meio da área. Blind dominou, ajeitou e bateu firme para vencer o camisa 12 do Brasil e aumentar a vantagem.

Felipão entrou em cena e pediu calma para os seus jogadores, principalmente para David, que estava deixando a defesa aberta ao subir ao ataque. Sem muito ânimo e aproximação em campo, a Seleção Brasileira incomodou apenas na boa jogada de Oscar, que costurou a marcação pelo meio e mandou chute forte para defesa de Cillessen.

A torcida pareceu não se incomodar e continuou fazendo a festa nas arquibancadas. Maicon quase cavou um pênalti aos 30 e o árbitro marcou a falta fora da área, dessa vez corretamente. O Brasil continuou pressionando, mas sem nenhuma chance efetiva que fizesse o goleiro adversário trabalhar.

O ritmo do jogo diminuiu, muito por conta da Holanda, que já não mostrou tanto interesse em atacar. Os erros na saída de bola do Brasil continuaram recorrentes e a armação de jogadas não existia.

Van Persie teve grande chance de fazer o terceiro, mas não pegou o voleio de fora da área muito firme, facilitando a defesa de César.

Oscar teve a chance de diminuir aos 44, em falta frontal, mas mandou em cima da barreira e Maxwell jogou o rebote nas arquibancadas.

Alterações não evitam a derrota

Felipão mandou Fernandinho e tirou Luiz Gustavo para buscar mais o ataque e diminuir já nos primeiros minutos. Mas quem voltou a assustar foi a Holanda.

Robben fez jogada individual, levou a marcação e chutou. A bola desviou na zaga e quase encobriu o goleiro brasileiro.

Fernandinho parecia pilhado e deu duas pancadas nos adversários. A primeira foi no camisa 11 holandês e ele escapou sem cartão. Na segunda, ele levantou Van Persie e o árbitro não perdoou desta vez.

Hernanes foi a campo na vaga de Paulinho e na sua primeira jogada já acertou o tornozelo de Robben, podendo ser expulso caso o argelino quisesse.

Aos 14, Oscar achou Ramires no meio e o volante saiu na frente da área, chutando cruzado e quase diminuindo o placar.

O camisa 11 do Brasil era o único que tentava alguma coisa para tentar salvar a “honra”. Aos 22, ele recebeu dentro da área e passou por Blind, sendo derrubado pelo autor do segundo gol. O juiz marcou a simulação e amarelou o meia.

A última arma de Felipão foi Hulk e pouca coisa mudou. A falta de qualidade na armação de jogadas não deixava que acontecesse algum perigo. O Brasil chegava na frente por conta do evidente desinteresse dos adversários.

Robben foi derrubado por Fernandinho dentro da área e pediu novo pênalti, mas desta vez sem sucesso.

O fim da partida ficou marcado pela batalha da torcida, quando metade gritava olé para o toque de bola da Laranja Mecânica e a outra vaiava a iniciativa dos torcedores brasileiros.

Ainda houve tempo para Janmaat cruzar para Wijnaldum fechar o placar e deixar o vexame ainda maior, garantindo o terceiro lugar no Mundial e a invencibilidade holandesa na competição.

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