Brasil tem atuação de gala para ir à Olimpíada na ginástica feminina
O Brasil tem enorme chance de ir com equipe completa aos Jogos Olímpicos do Rio na ginástica artística feminina. Neste domingo, o time da carismática Flávia Saraiva contou com o apoio de cerca de cinco mil torcedores na Arena Rio para somar 226,477 pontos em sua apresentação no Pré-Olímpico, que vale como evento-teste da modalidade. Outras quatro equipes ainda vão competir e é bastante improvável que todas superem o Brasil, que fez resultado equivalente ao quarto lugar dos últimos dois Mundiais.
Por enquanto a equipe brasileira está em primeiro, seguida por Austrália (218,428), Suíça (218,336), e pela decepcionante equipe romena, que conseguiu apenas 216,569 e dificilmente se classificará para a Olimpíada.
Alemanha e Coreia do Sul se apresentam na terceira sessão, que começa às 16h30. As sul-coreanas ficaram só no 15.º lugar no Mundial, com 213,744, e precisam de uma evolução histórica para conseguir superar o Brasil. Se isso não acontecer, as brasileiras podem celebrar de forma definitiva a vaga olímpica. Bélgica e França entram na última sessão.
O desempenho deste domingo alça o Brasil ao posto de uma das potências da ginástica artística. Com esses 226 pontos, teria ficado em quarto tanto no Mundial de 2015 (atrás de EUA, Rússia e da Grã-Bretanha, dona da casa) quanto no de 2014 (atrás de EUA, Rússia, e da China, dona da casa). No Rio, deve brigar com China e Grã-Bretanha pelo bronze. Dessa vez, será o dono da casa
Neste domingo, a melhor brasileira foi Flávia Saraiva, que somou 56,882 no individual geral. Jade Barbosa, que caiu nas barras assimétricas, fez 55,823, enquanto Lorrane Oliveira, que competiu com uma lesão na sola do pé, somou 55,640. Daniele Hypolito teve atuação do mesmo nível, mas não competiu nas barras assimétricas. Rebeca Andrade só se apresentou no salto e nas barras, mas foi muito bem em ambos os aparelhos.
A APRESENTAÇÃO – O Brasil foi sorteado para começar pela trave, aparelho mais traiçoeiro da ginástica. Uma apresentação ruim poderia abalar o psicológico do time, mas não foi isso que aconteceu. Todas as principais ginastas brasileiras fizeram apresentações limpas. Daniele com 14,166, Jade com 14,233 e Flávia com 14,566. Como comparativo, nos últimos dois Mundiais a medalha de bronze ficou na casa 14,1.
Lorrane ez uma apresentação regular, de 13,566 pontos, mas Carolyne Pedro caiu da trave e somou só 12,466 pontos. A novata, de apenas 15 anos, também caiu no aparelho seguinte da apresentação brasileira, o solo. Recebeu 12,300. As notas delas foram descartadas – apenas as quatro melhores contam.
No solo, aliás, o Brasil não teve grande atuação. Só Flávia pontuou acima de 14, com 14,150. Daniele (13,933) e Jade (13,891), regulares, reforçaram por que são fundamentais para a equipe. Lorrane somou 13,400.
No terceiro aparelho, o salto, a equipe brasileira foi muitíssimo bem, a começar por Jade, que recebeu 14,966. Rebeca Andrade, recuperada de contusão, estreou no Pré-Olímpico com 14 933. Todas pontuaram alto: Flávia com 14,533, Daniele com 14,333 e Lorrane com 14,608.
No encerramento da sua participação, a equipe foi para as barras assimétricas, historicamente o aparelho mais fraco da ginástica artística brasileira. A evolução ao longo dos últimos dois anos foi comprovada. Carolyne passou limpa e recebeu 13,433. Jade caiu (12,733), mas Flávia Saraiva pôs as coisas no lugar, com 13,633.
Destaque do Brasil no último Mundial, Lorrane, que está competindo com uma lesão na sola do pé, fez grande apresentação nas barras e recebeu 14,066. Para fechar a competição com chave de ouro, Rebeca Andrade recebeu 14,400.
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