Brasileira passa mal e desiste de bater recorde de subida no Aconcágua
A ultramaratonista Fernanda Maciel falhou em sua tentativa de bater o recorde de subida e descida em velocidade do Aconcágua, de 6.962 metros, o ponto mais alto da América, informou à Agência Efe seu treinador, José Antonio de Pablos.
“A experiência não foi nada boa. Chegamos segundo o previsto até o campo base e também até o campo 1, mas pouco antes dos 6 mil metros, Fernanda começou a ter um problema na garganta, teve dificuldade para respirar, seus ouvidos taparam e ela não parava de tossir, sendo assim, decidiu voltar até o campo base, na Praça de Mulas, a 4,3 mil metros”, explicou de Pablos.
A brasileira e seu treinador confiavam em uma rápida melhoria de suas condições, mas depois de algum tempo tiveram que abrir mão do recorde. “Após um tempo no qual víamos que não melhorava sua situação, inclusive piorava com vômitos, decidimos ir ao campo médico para que a doutora avaliasse e decidiram levá-la de helicóptero até Horcones”, prosseguiu.
“Agora ela está se recuperando bem em Mendoza e pensando que no ano que vem poderá voltar a tentar”, concluiu “Depa”, que tinha previsto fazer parte do percurso com Fernanda.
O registro oficial desta tentativa de recorde é computado desde a entrada no Parque de Aconcágua pelo posto de Horcones, a 2.950 metros, até a cúpula mais elevada, e o retorno até o mesmo ponto de partida.
Até agora nenhuma mulher completou este percurso em velocidade na montanha argentina. O recorde masculino está em poder do grande especialista espanhol Kilian Jornet há dois meses, quando estabeleceu um registro de 12 horas e 49 minutos.
Fernanda Maciel, corredora internacional do clube The North Face, se propunha a entrar na história como a primeira mulher em completar o trajeto em menos de um dia.
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