Brasileiras têm receio de campo com grama sintética na Copa da Fifa, no Canadá
Os campos de grama sintética são um dos grandes desafios a serem enfrentados pelas jogadoras brasileiras na Copa do Mundo de Futebol Feminino da Fifa, que começou neste sábado (6), no Canadá. A avaliação é da atacante Crisitane, que participa do torneio pela quarta vez.
“Acredito que a gente vai ter um pouco de dificuldade com a grama sintética, já que a gente não treinou todo esse tempo em grama sintética. É diferente – batida da bola, velocidade. Então, eu acho que o nosso adversário aí talvez seja o terreno [piso] sintético”, afirmou.
No treino deste sábado – primeiro dia da Copa – as jogadoras brasileiras já experimentaram a grama artificial. Para a zagueira Géssica, , estreante em Copa do Mundo, a experiência foi difícil. “Senti como se estivesse andando de salto em cima de uma grama”, conta.
Já no segundo semestre do ano passado, os pisos de grama sintética foram motivo de processo na Justiça canadense, movido por jogadoras renomadas, entre elas a brasileira cinco vezes melhor do mundo, Marta, contra a Fifa e a Associação Canadense de Futebol. O grupo pedia o direito de jogar em gramado natural e alegava que a decisão das entidades organizadoras da Copa, de usar grama artificial nos seis estádios, era uma medida baseada em discriminação de gênero, já que nenhuma Copa do Mundo de Futebol masculino foi jogada integralmente em campo de grama artificial. Mas, no fim, as jogadoras desistiram da ação.
“A Copa do Mundo de Futebol Feminino, aqui no Canadá, havia sido prevista para ser em terrreno [piso] de grama sintética, reconhecido pela Fifa. E a qualidade dos terrenos foi uma das coisas consideradas mais importantes [pela Fifa]”, disse o o diretor-geral da Copa Feminina da Fifa em Montreal, Francis Millien.
As jogadoras brasileiras estreiam na Copa nesta terça-feira (9), contra a Coreia. Para o técnico Vadão, um adversário difícil.
“A gente assistiu a um jogo recente delas, contra os Estados Unidos, e a gente percebeu uma equipe muito bem trabalhada, muito rápida, com marcação muito boa. O Estados Unidos tiveram muita dificuldade, e o jogo terminou 0 a 0. Então, já na nossa estréia a gente tem um adversário muito difícil”, afirma.
Mas Vadão está confiante no preparo da equipe. “A gente estudou bem, tivemos o torneio de Algarve [em Portugal]. A maioria dessas seleções importantes esteve em Algarve. Então, nós temos uma noção boa do que vamos enfrentar, e criamos algumas alternativas para poder superar”, garante.
A Seleção Brasileira de Futebol Feminino está no grupo E. Em Montreal, além da Coreia, enfrenta a Espanha, no dia 13. Depois, segue para Moncton, onde joga contra a Costa Rica, no dia 17.
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