Brasileiro citado em acusação nega envolvimento em corrupção na Fifa

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2015 16h23
EFE Apesar de ter trabalhado por mais de 20 anos com J. Hawilla

O empresário José Lázaro Margulies foi um dos brasileiros citados nas investigações de corrupção na Fifa deflagradas nesta quarta-feira (27). Ex-parceiro de José Hawilla, dono da empresa Traffic que no ano passado concordou em pagar uma multa de 151 milhões de dólares (aproximadamente 450 milhões de reais) por acusações de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, Margulies trabalhou em negociações de direitos de transmissão que estão sob suspeita. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, no entanto, o dono da empresa Valente Corp. and Somerton Ltda negou as acusações.

“Estou de férias na Alemanha, olhei o telefone, olhei a internet, mas não estou sabendo de nada. Trabalhei com J. Hawilla por 22 anos. Estou sabendo pelo que vi nos jornais hoje”, disse Margulies sobre as acusações de irregularidades nas negociações de direitos de transmissão de torneio de futebol. “Eu vendia diretamente para as emissoras de rádio e televisão, nunca mexi com essa parte”.

O empresário seguiu negando envolvimento com os crimes investigados. “Não tinha conhecimento ou envolvimento nessa parte do processo. Essa parte de compra era negócio dele (J. Hawilla) e eu só negociava com as emissoras”, declarou. “Hawilla e Traffic compravam os direitos da Conmebol e da Fifa e me encarregavam de vender. Isso até 2007. No ano passado, almocei com ele em Miami, mas nunca falou nada sobre isso (problemas com a justiça)”.

Além disso, Margulies afirmou que a Traffic não detém mais os direitos de transmissão da Copa América. “Depois de 2007 não participei da negociação da Copa América de 2009, e na próxima, no Chile, também não tenho nada a ver. Pelo que eu sei a Traffic é parceira de algumas empresas na próxima Copa América, mas não é mais a dona (dos direitos de transmissão)”.

Por fim, ele negou que tenha sido procurado pelo FBI para depor sobre os casos de corrupção. “Não, nada, por enquanto não. Os únicos que me procuraram até agora foram os veículos da imprensa brasileira. Se for convocado, se for chamado, eu vou”.

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