Breno celebra volta ao Tricolor e avisa: “quero ser um Lugano, um mito”

  • Por Lancepress
  • 10/08/2015 13h38
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Rubens Chiri/São Paulo FC/Divulgação Sem atuar desde 2011

Aos 13 minutos do segundo tempo, Breno foi chamado por Juan Carlos Osorio para assumir a vaga de Hudson como volante no clássico com o Corinthians. O momento ficará guardado para sempre na memória do camisa 33, que assegura estar totalmente resolvido sobre os fantasmas que enfrentou desde que foi preso por incendiar a própria casa na Alemanha. Foram quatro anos até a volta a uma partida oficial e a confiança de que tudo poderá mudar a partir de agora.

“A torcida vibrando foi especial, muito importante. Sei como o torcedor são-paulino tem carinho comigo. Eu acho que posso voltar a ser o que era porque acredito muito no meu potencial. Tenho trabalhado todos os dias com a ajuda do Osorio, dos preparadores, da nutricionista. Quero muito voltar ao nível que eu saí para ajudar o São Paulo e crescer na vida”, projetou o zagueiro.

Em 25 anos de vida, Breno enfrentou o alcoolismo, a prisão e a iminência de um fim precoce para uma carreira promissora no futebol. Depois de tantos obstáculos, poder voltar ao Morumbi, lugar onde nasceu para o esporte, dá fôlego suficiente ao beque para sonhar mais alto. E o principal objetivo é se firmar como um ídolo do São Paulo, como o uruguaio Diego Lugano, que tem a volta sempre pedida pela torcida.

“Acho que o boato dele diminuir pode acontecer, mas é difícil por ser um ídolo que merece esse posto por ter mostrado a garra e a raça que tinha. Mas também quero ser um Lugano. Voltei para me recuperar, me reerguer e quero ser um mito aqui no São Paulo. (Domingo) Ontem pude jogar ainda com uma camisa com o nome do meu pai. Até mandei foto para ele. E minha esposa ficou muito emocionada de estar lá com meus filhos em uma data especial”, exaltou.

O próximo desafio da vida e da carreira de Breno é se adaptar às orientações de Osorio. Para o treinador colombiano, o camisa 33 tem condições de trocar a zaga pelo meio de campo e trabalhar como primeiro volante por ter “vigor” e “veemência” na marcação. Hora de aceitar a oportunidade e, novamente, enfrentar as próprias limitações.

“Será um desafio, não será fácil. Precisa ter mais qualidade, correr mais, mas é um desafio para o qual estou pronto para fazer o melhor. Nunca havia jogado uma partida assim, mas já venho conversando com o professor e avisei que estou à disposição. Em 2007 era mais jovem, agora tenho 25, três cirurgias no joelho que me limitam um pouco. Fiquei mais três anos parado e treinos são diferentes. Saí cansado, sem ritmo e tenho que trabalhar mais”, avisou.

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