Bruninho destaca legado, mas admite ser “diferente” ver Seleção sem o pai

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2017 15h01
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Bruninho nunca jogou na Seleção Brasileira sem o pai CBV/Divulgação Bruninho nunca jogou na Seleção Brasileira sem o pai

Quando for convocado e entrar em quadra pela primeira vez com a camisa da Seleção Brasileira em 2017, Bruninho vai experimentar uma sensação inédita: a de representar o País sem ter o pai, Bernardinho, sentado nbanco de reservas. 

A situação assusta? Não. Mas provoca em Bruninho um sentimento singular. 

Em entrevista exclusiva a Fredy Junior que vai ao ar no próximo Domingo Esporte, na Rádio Jovem Pan, o levantador titular do Brasil nas últimas três Olimpíadas admitiu que será “diferente” jogar pela Seleção sem o pai por perto – depois de 17 anos, Bernardinho deixou a Seleção, que, agora, será comandada por Renan Dal Zotto. 

“Com certeza é diferente, porque, querendo ou não, foram muitos anos com ele à frente da Seleção“, afirmou Bruninho, com a sua já característica tranquilidade. Mas a Seleção fica, né? Temos de tentar carregar esse legado que ele deixou, a filosofia que ele deixou. Está todo mundo preparado. O importante é que a Seleção continua, e o legado do meu pai, também“.

Hoje experiente e respaldado por três medalhas olímpicasBruninho estreou na Seleção em situação delicada, tendo de lidar com inúmeras desconfianças. Pouco antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Bernardinho cortou o ídolo Ricardinho e chamou o próprio filho para integrar o time nacional. A atitude gerou controvérsia e colocou sobre as costas de Bruninho uma pressão quase que desumana. 

Dez anos se passaram desde então, e, hoje, o levantador é praticamente unanimidade junto a público e imprensa. O ouro na Rio-2016, de acordo com o jogador, mudou a sua vida. Quando você realiza o maior sonho da sua vida, as coisas mudam um pouco. Você se torna, digamos assim, mais confiante naquilo que faz, você vê as pessoas na rua te parabenizando diariamente… Isso te deixa honrado, orgulhoso. Fica algo muito bacana para sempre. 

Mas se engana quem pensa que Bruninho está satisfeito. Maduro aos 30 anos, o craque pretende ganhar mais um título olímpico, em 2020, no Japão, antes de pensar em deixar a Seleção. Motivar-se, segundo o levantador, não será problema. Agora, temos de criar um bom ambiente, traçar novos desafios… Depois de um ouro olímpico, é muito difícil ter novas motivações. Mas isto é o que temos de criar dentro da gente. Somos atletas competitivos, então, temos de manter o Brasil sempre entre os melhores. 

A primeira competição da “nova” Seleção Brasileira masculina de vôlei será disputada a partir do dia 2 de junho. Será a Liga Mundial, torneio que o País conquistou oito vezes sob o comando de Bernardinho, mas que não vence desde 2010. Em 2017, a fase final será disputada em Curitiba.

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