Bruno e Flávio Prado apontam os sete motivos para o 7 a 1; confira

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2015 11h48
Luiz Gustavo desolado enquanto alemães comemoram mais um gol contra o Brasil AFP Luiz Gustavo desolado enquanto alemães comemoram mais um gol contra o Brasil

365 dias do fatídico 7 a 1. O mundo parou para assistir a semifinal entre Brasil e Alemanha, pela Copa 2014. Desde então, todos procuram explicações para o placar histórico, seja em mesas de bar, conversas de família ou análises na imprensa.

Os comentaristas da Jovem Pan Bruno Prado e Flávio Prado separaram seus sete motivos para entender o que aconteceu em 08 de julho de 2014. Confira.

Bruno Prado:

1-arrogância brasileira no futebol: apesar das pancadas dos últimos anos, o brasileiro ainda é muito arrogante em relação ao futebol. Ainda existe a mentalidade de que os outros é que precisam se preocupar com o Brasil. Hoje o jogo é muito mais complexo e com pouco espaço. Todos os adversários devem ser estudados.

2-mudanças constantes: no Brasil tudo é mudado conforme os resultados. Isso acontece nos clubes e na seleção. Depois de cada derrota do Brasil tudo é mudado. Sai o técnico e muitos jogadores são trocados. Não existe uma linha de trabalho.

3-setores compartilhados: com a velocidade e os espaços reduzidos do jogo mais moderno, acabou e faz tempo, a história de marcadores e criadores, mas no Brasil ainda dividimos os times entre os que atacam e os que defendem. Cultura difícil de mudar. Hoje todos atacam e todos defendem.

4- má administração dos clubes: afeta diretamente a seleção, principalmente na formação de novos jogadores. Se o trabalho de formação não é bem feito nos clubes, diminuem as opções de novos atletas para a seleção.

5- falta de integração e seqüência das seleções de base: em outras seleções existe uma evolução mais natural entre a categoria de base e a seleção principal. Na Alemanha campeã da Copa de 14, estavam muitos atletas campeões da Euro sub-21 de 2009. Na Argentina, vice na Copa, muitos jogadores foram campeões olímpicos em 2008. No Brasil a evolução é individual. As seleções de base não são integradas com a principal.

6- psicológico: o jogador brasileiro muitas vezes sofre com a pressão pela vitória. É normal estar nervoso e ansioso para uma decisão. Mas muitas vezes dá a impressão de que a reação de muitos jogadores brasileiros diante de um grande jogo é de não acreditar que jogou até ali. Em algumas outras seleções a impressão é de que a reação do atleta quando chega no grande objetivo é de que ele chegou onde ele sempre se preparou para chegar.

7- Liga nacional mais fraca: o enfraquecimento do campeonato nacional atrapalha muito. O nível de jogo e a exposição internacional do Campeonato Brasileiro é cada vez menor em relação as grande ligas da Europa. Isso afasta o atleta daqui cada vez mais cedo e muitas vezes sem estar pronto para jogar fora do país. Isso atrapalha no desenvolvimento de muitos jogadores.

 

Flávio Prado: 

1- auto suficiência

2- covardia dos jogadores que afinaram diante da torcida

3- erro na escalação excessivamente ofensiva para um time tão inferior

4- desconhecimento do potencial do adversário

5- incompetência administrativa que não soube gerar uma metodologia de trabalho, limitando o surgimento de atletas

6- ausência de Neymar, com ele perderia, mas não desse jeito, o time estava desestabilizado emocionalmente

7- ingenuidade e burrice dos jogadores que deveriam ter melado o jogo quando ficou claro que era impossível evitar a derrota

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