Brunoro explica política contratual e situação financeira do Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2014 16h03
José Carlos Brunoro Reprodução José Carlos Brunoro

O Palmeiras buscou a contratação de Ronaldinho Gaúcho para que o meia fosse o ‘presente’ do centenário do clube para a torcida, mas as negociações acabaram não dando certo mais uma vez e o alviverde ficou de mãos abanando.

O acerto financeiro foi um dos grandes motivos para Ronaldinho não ter fechado com o Verdão e muito tem sido comentado sobre o esquema de contratos de produtividade que o Palmeiras vem oferecendo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, explicou como o clube procede na atual gestão em termos de contratações.

“Nós temos uma política de teto salarial e produtividade para todos os jogadores. Só os contratos antigos que não podemos mexer, como Wesley e Valdivia. Todos os argentinos vieram com esquema de produtividade, inclusive o treinador. Temos um teto salarial base que não pode ultrapassar. Quando um jogador quer mais e ele é de nome, podemos aumentar a produtividade para alcançar os objetivos dele. Os argentinos são jogadores no mercado brasileiro mais acessíveis. Custam cerca de 20% a menos”, declarou o dirigente.

Brunoro também falou sobre a chegada dos atletas argentinos para o time. “Eu acho que são jogadores um pouco mais ambientados e de qualidade. São jovens com contrato de três ou quatro anos e com potencial de mercado. Nenhum jogador veio atrelado ao técnico. Não está no contrato que se o técnico sair, eles saem também”, frisou.

José Carlos Brunoro também comentou sobre a situação financeira atual do Palmeiras.

“Existe uma situação financeira de planejamento futuro. Ano passado funcionou com x por cento de seu orçamento, nesse ano um pouco mais por ter utilizado os seus recebíveis e o ano que vem quase pleno o orçamento. As coisas vão caminhando desta maneira”, disse. “Se eu contrato um jogador X, um grande jogador, um Messi, um Ronaldinho, vamos dizer assim, eu vou trabalhar com ele com um salário-base mais a produtividade e o restante eu vou tentar buscar no mercado: empresa, aumento de venda de camisa, aumento de sócios. Só que o jogador não quer entrar neste risco, ele quer que a gente garanta o salário até que esses valores cheguem. Isso, para o clube, não é tão simples, porque a gente tem um orçamento”, prosseguiu.

O diretor executivo do clube de Palestra Itália também exaltou uma característica importante da atual gestão do presidente Paulo Nobre.

“Outra coisa importante na gestão do Paulo Nobre: o Palmeiras nunca atrasou direitos de imagem nem salário. Não é nem um nem outro, os dois nunca atrasaram. Para não dizer que não atrasaram, foi um, dois, cinco dias, no máximo. Então a política que nós temos é de que essa é a situação. Lógico que se o resultado técnico não vem, justificativas válidas não serão aceitas”, destacou.

José Carlos Brunoro também pontuou que segue com a certeza de que o Palmeiras vai escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. “Eu continuo com essa convicção, por alguns motivos. Eu tenho um grupo hoje na mão de jogadores que, se não é para ser campeão brasileiro, ele não é para estar onde está. Se a gente for analisar o elenco, analisar tudo isso, acho que é uma questão de tempo. Lógico que esse tempo é curto para a reação, a gente sabe disso, mas eu tenho plena convicção disso”, finalizou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.