Bubka cobra que luta contra o doping no atletismo não seja batalha perdida

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2015 13h58

Moscou, 5 ago (EFE).- Candidato à presidência da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o ucraniano Sergey Bubka, garantiu nesta quarta-feira que a luta contra o doping é uma batalha que não pode ser perdida, em resposta as denúncias de que a entidade escondeu testes positivos de medalhistas olímpicos e mundiais.

“Devemos ser mais ativos e até mais transparentes em nossa agressiva busca da tolerância zero contra as armadilhas do doping. Esta é uma batalha que não podemos nos permitir perder, pelo bem do atletismo e de todos os esportes”, disse Bubka, em comunicado.

O ex-saltador com vara admitiu, no entanto, que o sistema antidoping, atualmente, é muito complexo e exige muito tempo de análise, por isso, defende a simplificação de todo o processo, para que a IAAF sempre esteja a frente de quem utilizar substâncias irregulares.

Bubka aponta como principais responsáveis por tentar burlar o sistema, mas sim os treinadores e demais integrantes dos corpos técnicos de cada atleta, principalmente os jovens, por isso, cobrou punições “mais rigorosas contra os que violam regras”.

“Devemos investigar o papel dos que estão no entorno dos atletas, quando os casos de doping são detectados, para nos assegurarmos que os envolvidos sejam excluídos do esporte. Estão envenenando as mentes, os corpos e o atletismo”, disparou.

O ucraniano não falou diretamente da reportagem realizada pela emissora alemã “ARD” e pelo jornal inglês “Sunday Times”, em que denunciaram práticas de doping no atletismo europeu.

Segundo os dois veículos de comunicação responsáveis pela publicação das denúncias, a IAAF tem os perfis sanguíneos de 800 atletas, que apresentam suspeitas de doping, entre eles de 146 medalhistas olímpicos ou mundiais entre 2001 e 2012, em modalidades que vão desde os 800 metros até a maratona.

“Sunday Times” e “ARD” deram a entender que a Federação Internacional escondeu estes casos, e, segundo alguns analistas consultados pelas equipes de reportagem, o doping no atletismo estaria tão difundido como esteve no ciclismo. EFE

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