Cacau relembra convite “surpresa” da seleção alemã e admite decepção no 7×1
O paulista Claudemir Jerônimo Barreto saiu cedo do Brasil, em 1999, para se aventurar no pequeno Türk Gücü München, da Alemanha. Depois de passar pelo Nuremberg, o atacante apelidado de Cacau se encontrou no Stuttgart, onde jogou por 11 anos, virou ídolo e conquistou a chance de jogar uma Copa do Mundo pela seleção alemã. Agora com 34 e esperando novas propostas para seguir a carreira, Cacau falou sobre suas experiências no futebol ao repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan.
“Depois de 11 anos jogando no Stuttgart, fiquei um ano no Japão, no Cerezo Osaka, e foi uma experiência muito boa para mim. Agora estou aberto a propostas, tenho algumas conversas, mas ainda nada que seja interessante para mim e para minha família. Por isso estamos esperando alguma coisa boa para nós, seja da Alemanha ou até mesmo de fora”, disse o jogador, que revelou ter tido conversas com clubes brasileiros, onde gostaria de jogar novamente, mas elas não evoluíram.
O ponto alto da carreira de Cacau foi o título do Campeonato Alemão da temporada 2006-2007, quando foi fundamental para a conquista do Stuttgart. “Depois de 15 anos conseguimos conquistar um título nacional para o clube, que a princípio parece que vai demorar um pouco para voltar a comemorar outro desses”, comentou Cacau, que jogou com diversos jogadores de destaque naquela época, como Mario Gomez, Jens Lehmann e Sami Khedira, campeão mundial com a Alemanha em 2014 e com passagem pelo Real Madrid.
Mas, diferentemente do que se pode pensar, Cacau não planejava defender a Alemanha quando obteve o passaporte do país. “Em 2009, eu, por motivação da família e das crianças, para ter a oportunidade de ficar na Alemanha, dei entrada no passaporte alemão, sem nenhuma pretensão de ir para a seleção. Depois de três meses foi dito pelo treinador da seleção que havia essa possibilidade, já que eu tinha dado esse passo. E, claro, disputar uma Copa, viver essa atmosfera, fazer um gol no primeiro jogo, contra a Austrália, são momentos que até hoje, quando vejo, me dá arrepios”, contou o brasileiro, que jogou na Copa do Mundo de 2010.
Em 2014, Cacau foi comentarista de uma rede de televisão alemã e assistiu no Mineirão ao vexame da Seleção Brasileira na semifinal da Copa. Mesmo tendo defendido a camisa dos carrascos do Brasil, o momento foi doloroso. “Fiquei mais marcado pela decepção do Brasil do que pela vitória alemã. Eu esperava uma vitória da Alemanha, porque vinha forte no campeonato, mas nunca, como todos os brasileiros, poderia imaginar que seria algo tão vergonhoso”, concluiu o atacante.
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