Cafu admite que esporte brasileiro atravessa momento de carência de ídolos

  • Por Agência EFE
  • 09/09/2015 18h00
O ex-jogador Cafu durante o sorteio da Copa das Confederações, no Complexo do Anhembi, em São Paulo, SP. (São Paulo, SP, 01.12.2012. Foto de Hedeson Alves/Folhapress) Folhapress Para Cafu

O ex-lateral-direito Cafu afirmou nesta quarta-feira que o esporte brasileiro precisa de mais atletas que se tornem inspiração para os jovens, afim de que se aproveite a realização de eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

“Faltam grandes ídolos, estamos carentes de grandes referências para o nosso esporte, em geral”, disse o capitão do penta à Agência Efe, no 5º Fórum Nacional do Esporte, organizado em São Paulo pelo grupo empresarial Lide.

Cafu ainda citou um ex-companheiro de Seleção Brasileira, Romário, como alguém que pode trazer avanços, a partir da presença na vida política, mais precisamente como senador.

“Ele pode fazer muito, não só para o esporte, mas para a vida de todos. Como ele foi atleta e jogador bem-sucedido, através de sua experiência, pode trazer muitos benefícios para o esporte”, afirmou o ex-lateral de São Paulo, Palmeiras, Milan.

Para Cafu, apesar de muitos esportistas se envolverem com ações de integração social, o número de propulsores do esporte ainda é pequeno em um país com dimensões continentais, como o Brasil.

“O fato de organizar uma Copa e de ter os Jogos Olímpicos faz com que as crianças pratiquem mais esportes, independente de modalidade, seja futebol, vôlei, basquete ou natação”, garantiu o duas vezes campeão mundial.

Criador da Fundação Cafu, entidade que trabalha com cerca de 750 crianças e jovens de baixa renda com idades entre 3 a 18 anos, e mais 300 pessoas acima de 16 anos, em cursos profissionalizantes, o ex-jogador admite que o primeiro passo para difundir o esporte é dar educação aos jovens.

“Nós, como pessoas públicas, devemos contribuir para que as crianças se tornem primeiro, cidadãos, e depois campeões”, explicou.

Também participaram do Fórum, o ministro dos Esportes, George Hilton, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, além de ex-atletas, como Hortência – que foi homenageada -, Oscar Schmidt, Gustavo Borges, Lars Grael e João Derly.

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