Camisas com teor sexual para Copa 2014 revoltam governo brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2014 11h48
Reprodução Camisetas para Copa 2014 com conotação sexual revoltam autoridades brasileiros

A venda de camisetas de conotação sexual vinculadas à Copa do Mundo de 2014 causou grande repercussão no Brasil, sede do torneio. Nesta terça-feira (25), a presidente Dilma, através de seu perfil oficial no twitter, afirmou que o país está feliz por receber grande contingente de turistas que virão assistir ao evento, mas garantiu que o país está atento para combater o turismo sexual. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Flávio Dino, presidente da Embratur, disse que o Ministério do Turismo entrará em contato com a Adidas para que a fornecedora “reveja esse tipo de atitude e tire os produtos do mercado”.

Por meio de seu perfil oficial no Twitter, a presidente Dilma foi enérgica em relação ao tema. “O Brasil está feliz em receber turistas que chegarão para a Copa, mas também está pronto para combater o turismo sexual. O governo aumentará os esforços na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no Carnaval e na Copa do Mundo”, disse.

Ela garantiu que os orgãos responsáveis estão empanhados no combate desse tipo de crimes durante o Mundial. “O Ministério do Turismo, a Secretária de Políticas para Mulheres e a Secretaria de Diretos Humanos estão firmes no combate à exploração sexual no Carnaval e na Copa do Mundo”. Ela ainda reforçou qual é o caminho para combater esse tipo de ocorrência. “Denúncias de exploração sexual de criaças e adolescentes, disque 100”, acrescentou.

À venda no site da Adidas, as camisetas com frases como “em busca de gols” e “eu amo o Brasil” juntamente de imagens de mulheres de biquini gerou revolta na Embratur. “Vamos entrar em contato com a direção da Adidas, fazendo um apelo para que reveja essa atitude e tire os produtos do mercado. Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais. Uma iniciativa dessas ignora e desrespeita a linha de comunicação que o governo adota”, afirma Dino em entrevista ao períodico paulista.

Ele criticou a ação da fornecedora alemã em comercializar esse tipo de produto. “O governo brasileiro discorda dessa linha de produtos, não aceitamos o turismo sexual. Claro que as pessoas podem namorar durante a Copa, mas não queremos uma mercantilização disso. Acaba sendo inclusive um desserviço à própria marca, porque ela está se associando a um tema muito negativo”, opinou.

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