Campeão em 2002, Robert vê semelhanças com o momento atual do Santos

  • Por Diogo Patroni/Jovem Pan
  • 13/04/2017 12h59
Brasil, São Paulo, SP, 15/12/2002. Os jogadores Robert, do Santos, e Fabinho, do Corinthians, durante a partida válida pela final do Campeonato Brasileiro 2002, no estádio do Morumbi, zona oeste da capital paulista. - Crédito:EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:126121 EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO Robert marcou 49 gols em 255 jogos com a camisa do Santos

Nessa sexta-feira, o Santos completa 105 anos de vida e de muitas conquistas. O embaixador do futebol ostenta nada menos que 40 títulos. Dois deles, inclusive, tiveram a participação direta do meia Robert, campeão do Torneio Rio-São Paulo, em 1997, e do Campeonato Brasileiro, em 2002. Em conversa com a Joven Pan, o ex-camisa 11 recorda com carinho seus melhores momentos pelo Peixe, elogia a classe do companheiro “Renatinho” e se revela admirador de Lucas Lima, Zeca e Tiago Maia.

“O Santos é um dos clubes mais importantes da minha carreira. Conquistei grandes títulos lá e cheguei à Seleção Brasileira, graças ao clube. Lembro muito daquele 5 x 2 contra o Fluminense, no Pacaembu, em 95 e do título de 2002”, diz Robert, autor de 49 gols em 255 jogos pelo alvinegro praiano.

Um deles até lhe rendeu uma placa de Pelé. Na partida contra o Rio Branco, pelo Campeonato Paulista de 1996, o meia arrancou do campo de defesa e deixou os marcadores para trás, driblou o goleiro e fez o gol que recebeu as honrarias do Rei.

Semelhanças com 2002

Apesar da eliminação diante da Ponte Preta, na última segunda-feira, o momento do Santos é muito semelhante ao vivido em 2002, quando a equipe de Celso Roth não conseguiu se classificar para a segunda fase do Torneio Rio-São Paulo. Sem dinheiro, o clube trouxe o técnico Leão e precisou subir os garotos da base. Aí nasceram Robinho, Diego, Alex, entre outros.

“Se há algo de positivo nessa eliminação é a manutenção da equipe e do treinador. É difícil comparar, mas essa equipe é muito mais completa e tem mais estrutura de trabalho. A base é a mesma e tem tudo para engrenar. A questão é que alguns jogadores sofreram com contusões no começo do ano”, analisa o ex-jogador.

Com os fracassos no Rio-São Paulo e na Copa do Brasil, Robert foi emprestado ao São Caetano para jogar a Libertadores. Após a derrota para o Olimpia, voltou a pedido de Leão, técnico que o convocou também para a Seleção Brasileira. Naquele ano, o Santos encantou o Brasil, e o meia acabou amargando a reserva para Diego. Mesmo assim sua experiência contribuiu para a conquista do sonhado Brasileiro, após dois jogos épicos diante do rival Corinthians.

“Nós vivíamos um momento complicado e aí subiram os garotos. O Santos sabe como ninguém trabalhar a base. Não tenho dúvidas que qualquer hora vai surgir uma nova fornada de craques”, diz.

Já sobre o elenco atual, o ex-camisa 11 enaltece o ex-companheiro de meio Renato, que em 2002 era só “Renatinho”. “Ele joga muito apesar da idade, faz a bola sair com qualidade e é o ponto de equilíbrio ali no meio”, diz.

Robert ainda se mostra um grande admirador de Zeca e Tiago Maia, consideradas as próximas joias da Vila. “Esses dois meninos têm muito futuro. Com certeza, eles vão jogar em alto nível na Seleção e no futebol europeu”, revela.

O Brasileirão pode ser uma realidade

O Peixe ainda tem um longo ano pela frente, com Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. A derrota nos pênaltis para a Ponte Preta, 4 a 5, não pode colocar tudo a perder. Na opinião do ex-jogador, os comandados de Dorival Júnior possuem grandes chances de brigarem pelo título do Campeonato Brasileiro. “O Santos é um dos times mais fortes do Brasil, junto com Palmeiras e Atlético-MG. O Brasileiro é um campeonato mais longo em que a força do elenco realmente faz a diferença”, destaca.

“Mas não podemos esquecer da Libertadores. Porque o Santos entra sempre para brigar por títulos”, enfatiza.

Segundo Robert, que atua como treinador no União ABC-MS, um dos pontos fortes da atual equipe está na manutenção da base e na inspiração de Ricardo Oliveira e Lucas Lima. “O Ricardo Oliveira é um centroavante nato e não perde as oportunidades que tem. O Lucas Lima comanda o meio e dá ritmo à equipe. O toque de bola rápido e as variações de jogada tornam essa equipe ainda mais forte”, analisa.

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