Campeonato Francês estuda aumentar punições por conflitos entre torcedores
Paris, 21 set (EFE).- Após os distúrbios envolvendo torcedores de Olympique de Marselha e Lyon no último domingo, durante a partida entre as duas equipes pelo Campeonato Francês, levou a organização da competição a cogitar a possibilidade de punir os clubes com multas e até a perda de pontos na tabela de classificação.
“Me pergunto, em relação ao futuro, se nosso arsenal de punições é suficiente porque aparentemente não vamos suficientemente longe”, declarou o presidente da Liga de Futebol Profissional (LFP), entidade responsável pelo campeonato, Frédéric Thiriez.
Thiriez concedeu entrevista coletiva após reunião de urgência para analisar os incidentes ocorridos em quatro jogos do Francês, especialmente o realizado em Marselha. Segundo o dirigente, o limite máximo para uma multa, que é de 50 mil euros, é baixo. “Talvez seja preciso passar para outros números, com alguns zeros a mais”, Cogitou.
Na mesma linha, Thiriez acredita que a retirada de pontos também pode ser eficaz, embora afete os jogadores, que, na maioria dos casos, não têm responsabilidade pelo comportamento violento de alguns torcedores.
O presidente da LPF adiantou ainda que na próxima quinta-feira se reunirá com a comissão disciplinar do organismo para analisar o ocorrido em Marselha, e, após ouvir as alegações do clube local, decidir se a equipe será punida.
O árbitro interrompeu o jogo no estádio Velódrome em duas ocasiões porque torcedores dos donos da casa atiraram objetos no gramado. O principal alvo era o meia Valbuena, que até agosto de 2014 jogava pelo Olympique e agora, após um ano na Rússia, joga pelo Lyon. O placar final foi de 1 a 1.
Thiriez comentou que houve uma grave carência nas medidas de segurança aos torcedores ao entrarem no estádio, algo pelo qual considerou o clube mandante como culpado. O dirigente ainda anunciou que serão recolocadas as cercas atrás dos gols para dificultar o lançamento de objetos.
Perguntado se teme que a violência pode atrapalhar a realização da Eurocopa do ano que vem na França, o presidente da LFP garantiu que os problemas diminuíram em relação à temporada passada. EFE
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