Candidato da oposição corintiana critica “desmandos” e prega profissionalização
O principal nome de oposição nas eleições presidenciais do Corinthians quer, acima de tudo, profissionalizar o clube. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Paulo Garcia pregou que a instituição se inspire no que há de mais bem sucedido no futebol mundial, além de apostar na sua base que, segundo o candidato, tem sido deixada de lado nos últimos anos pelas últimas gestões alvinegras. Sobre o novo treinador corintiano, ele afirmou que o mais importante para escolher o nome comandante é avaliar seu custo-benefício e não exatamente o valor do seu salário ou a sua trajetória recente.
Garcia explicou os principais motivos de brigar pela vaga atualmente ocupada por Mario Gobbi. “São vários fatores. Sou corintiano e tenho todo direito de concorrer à presidência. Além disso, há muitos desmandos no clube também. Hoje o Corinthians tem muito desencontro, é preciso ser profissionalizado, precisa se espelhar naquilo que há de melhor. Tenho visto o Barcelona como um exemplo e no Corinthians você tem uma base que, em sete anos, não se revelou ninguém. O Malcom, por exemplo, é um dos únicos no período recente”, disse.
Questionado sobre o grande número de candidatos no pleito: Roberto Andrade (situação), Ilmar Schiavenato (oposição) e Antônio Roque Citadini (oposição), Garcia disse não apoiar essa fragmentação dos opositores da atual gestão. “Entendo que a oposição deve estar toda unida, acho que até o final da campanha acabaremos nos aproximando. Eu mesmo já disse que, se a vaidade for deixada de lado, eu mesmo abro mão da minha candidatura”. O novo presidente do clube será definido apenas em fevereiro de 2015.
Sobre a questão econômica, Garcia criticou a falta de transparência nas últimas gestões. Segundo ele, nem mesmo Mario Gobbi sabe o tamanho da dívida atual corintiana. “Única coisa que eles falam é que 2015 será um ano apertado nessa questão”. Para o candidato da oposição, a renovação de Guerrero passa por essa má administração financeira. “Gasta-se muito no Pato sem ele jogar no clube atualmente. O Guerrero é o ídolo do time e agora se criou todo esse imbróglio em torno da renovação dele. Agora se escuta o nome dele ligado a outros equipes. Isso é uma má administração”, criticou o candidato.
O novo treinador corintiano também foi um tema comentado por Garcia. Na visão dele, o salário não é exatamente o fator mais importante na hora da definição dos nomes. “Eu deixei a responsabilidade (de escolher o novo técnico) para o Mario Gobbi. O Tite é um bom nome, sem dúvida, precisamos avaliar o custo-benefício. É preciso montar um planejamento antes de qualquer coisa”, finalizou.
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