Candidato à presidência da Fifa, Figo pede transparência e prega mudanças na Copa do Mundo

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2015 10h30
Figo não acredita em surpresas na lista de Felipão Marcelo Brammer/AgNews Luís Figo participa de evento no Brasil e elogia Seleção

Quando jogador, Luís Figo obteve muito sucesso. Foi vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo, em 2011, e conquistou inúmeros títulos pelas equipes por onde passou como Barcelona e Real Madrid. Aposentado desde 2009, o ex-meia quer continuar no mundo da bola e é um dos quatro candidatas à presidência da Fifa, que será definida em 29 de maio.

Ao anunciar sua candidatura em janeiro, o português já esperava não ter vida fácil no pleito, pois seu grande adversário será Joseph Blatter, presidente da entidade maior do futebol há 18 anos. Em entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan, Figo declarou que acredita em sua vitória, construída com a promoção de novas ideias e debates.

O candidato falou sobre a atual má reputação da Fifa e usou as manifestações que aconteceram na Copa do Mundo como exemplo. “A Fifa foi motivo de protestos no Brasil. Uma organização que tem como objetivo proporcionar um bom futebol e que tem a oportunidade de realizar um evento de futebol no país que mais gosta desse esporte no mundo, não pode estar desligada em termos de sentimento”.

Figo destacou que é necessário promover alterações no futebol e na própria Fifa. “Vamos fazer mudanças em relação às regras do jogo e ao formato da Copa do Mundo. Queremos mais democracia e transparência dentro da entidade, o que é ineficaz neste momento. Esperamos que possamos convencer as pessoas que estão dentro do futebol, que possam votar e fazer a diferença”.

Corrupção
Joseph Blatter é acusado de envolvimento em vários casos de corrupção, desde compra de votos em sua primeira eleição para presidente a suspeita de repasse de dinheiro dos países sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, Rússia e Catar, respectivamente.

Dessa forma, a idoneidade do próximo pleito está em xeque. Para Figo, a questão parece ser indiferente e ele prefere não comentar o assunto: “aquilo que é feito ou não de positivo e correto, em termos de campanha, não faz o meu papel, não vou entrar neste tipo de discurso. Me centro unicamente nas minhas ideias e convicções em tentar fazer as coisas da melhor maneira e tentar convencer as pessoas”.

Brasil
209 confederações participarão da eleição da Fifa e todas terão o mesmo peso no voto. O 65° Congresso da Conmebol, que começa nesta quarta-feira, em Luque, no Paraguai, contará com a presença das dez participantes sul-americanas, entre elas, o Brasil.

Figo e Blatter estarão presentes e o português quer sair na frente do concorrente, conquistando o voto brasileiro. “Estarei no congresso da Conmebol no Paraguai e espero ter a oportunidade de conversar com o presidente da Confederação Brasileira e podermos falar sobre algumas ideias”, explica.

Perguntado sobre o maior vexame da história do futebol brasileiro, o 7 a 1 para Alemanha, na última Copa, Figo elogiou o país e minimizou o resultado. “Penso que o Brasil será sempre uma potencia mundial em produzir talentos. O que aconteceu no último Mundial foi futebol. E o melhor jeito de ultrapassar isto é ter a oportunidade de jogar uma nova competição, formar uma equipe forte e ter a possibilidade de esquecer o que passou”, comenta .

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