Candidato à presidência da Fifa propõe Copa com 40 seleções e em vários países

  • Por Agência EFE
  • 19/01/2016 18h03
EFE Para Infantino

O secretário-geral da Uefa e candidato à presidência da Fifa, Gianni Infantino, publicou nesta terça-feira seu programa eleitoral, no qual propõe a realização da Copa do Mundo para 40 seleções, oito a mais que atualmente, e com sede em mais de um país.

“A Copa é um acontecimento único, que a cada quatro anos cativa o mundo durante um mês. É, além disso, a ferramenta única mais poderosa para promover o futebol em todo o planeta”, argumentou o dirigente suíço de origem italiana.

“Ao conceder a outros oito países a oportunidade de participar, estaremos concedendo a outros oito países a possibilidade de desfrutar com mais paixão da febre do Mundial e, de quebra, conseguiremos maior representação no mundo todo”, acrescenta em seu programa.

Infantino lembra que na Uefa se envolveu pessoalmente na ampliação da Eurocopa de 16 para 24 equipes, o que, segundo ele, “foi um grande sucesso do ponto de vista esportivo, promocional e comercial”. “Sei que podemos fazer algo parecido com a Copa”, destaca.

O dirigente também menciona a possibilidade de realizar o torneio em vários países de um mesmo continente. É o que acontecerá na Eurocopa de 2020, com 13 sedes.

“A Fifa deveria estudar a possibilidade de organizar a Copa não só em um ou dois países, mas em toda uma região. Assim, permitiria que diversos países aproveitassem a honra e os benefícios de receber a Copa”, cogitou.

O programa de Infantino, segundo o próprio documento, se baseia em três pilares. O primeiro se refere a reformas e boa governança, o segundo faz referência a democracia e participação, e o terceiro, ao desenvolvimento do futebol.

Caso seja eleito, o suíço introduzirá um limite de 12 anos como período máximo para um dirigente ficar à Frente da Fifa, com três mandatos de quatro anos cada. Ele pretende também incluir na entidade “vozes independentes e respeitadas, não só como salvaguarda, mas também para proporcionar mais autoridade, credibilidade e legitimidade”.

O secretário-geral da Uefa também defende para a Fifa um debate mais amplo sobre o uso da tecnologia no futebol, um sistema de transferências justo e transparente, a modernização dos ranking mundiais e de uma função social maior para o esporte.

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