Capello segue no cargo e já pensa na Copa do Mundo da Rússia em 2018

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2014 11h44

Capello renova com a Rússia e evita culpar jogadores por fracasso no Brasil

EFE Capello renova com a seleção da Rússia para 2018

O italiano Fabio Capello afirmou nesta quarta-feira que não pensa em deixar o cargo de técnico da Rússia, que foi eliminada na primeira fase da Copa do Mundo do Brasil, e que já pensa no Mundial que este país organizará em 2018.

“Estou aqui, portanto está claro que vou continuar em meu posto. Acabam de me confirmar no cargo. Tenho um contrato em vigor e tenho a confiança do Ministério de Esportes e da União de Futebol da Rússia”, disse Capello em sua primeira entrevista coletiva desde o Mundial.

Capello assegurou que o motivo da Rússia não conquistar, pela primera vez, nenhuma vitória em um Mundial de futebol, incluindo também a União Soviética, foi o estilo de jogo que foi imposto no Brasil.

“Neste Mundial foi jogado um futebol muito veloz e muito agressivo. Foi dada muita importância à pressão. O futebol russo não está habituado com esse estilo de jogo”, sentenciou.

O técnico reconheceu que “o objetivo era superar a fase de grupos”, na qual os russos enfrentaram a Bélgica (0 a 1), Coreia do Sul (1 a 1) e Argélia (1 a 1).

“Nosso objetivo não era, em nenhum caso, nos classificar para as quartas de final. Mas o povo não está contente, já que quando fomos ao Brasil, todos estávamos muito felizes e as expectativas eram muito grandes”, reconheceu.

Contudo, Capello lembrou que “a Rússia não disputava um Mundial há 12 anos” e destacou que “a fase de classificação tinha sido muito boa”, já que os eslavos deixaram Portugal de Cristiano Ronaldo em uma situação complicada, tendo que disputar a repescagem.

“Isso sim, se as pessoas não confiam em mim, não se preocupe que terei preparada a demissão. Sou uma pessoa séria que respeita as pessoas e o trabalho. Isso foi ensinado por meu pai”, acrescentou em resposta à pergunta relativa à demissão da Rússia caso não se classifica para a Eurocopa da França 2016.

O técnico negou que tivesse apontado pessoalmente alguns jogadores como culpados da eliminação de sua equipe, em particular o goleiro, o indiscutível Igor Akinfeev, que teve uma infeliz atuação no Brasil.

“Seria estúpido se falasse mal de um jogador como Akinfeev que será o goleiro da seleção russa durante os próximos anos. O considero um grande goleiro. Tudo o que a imprensa escreveu a respeito é falso”, assegurou.

Com relação ao futuro, Capello ressaltou que a prioridade agora é, primeiro, “se classificar para a Eurocopa 2016” e depois “criar uma equipe que dispute a um bom nível o Mundial de 2018 no qual a Rússia participará como país anfitrião”.

Capello foi muito elogiado durante a fase de classificação mundialista, mas o mal jogo da equipe e o conservadorismo de seu técnico no Brasil suscitaram duras críticas entre a imprensa deste país.

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