Capitão, Miranda vê culpa de todos por fracasso e pede autocrítica na Seleção

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/06/2016 13h27
Agência EFE Miranda - Agência EFE

Depois de fracassarem na Copa América Centenário, na qual foi eliminada na primeira fase ao ser derrotada por 1 a 0 pelo Peru, no último domingo, em Boston, quase todos os jogadores da seleção brasileira que atuaram nos Estados Unidos desembarcaram no final da manhã desta terça-feira no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, onde todos os atletas que estavam neste voo desembarcam pelo saguão principal do local.

Entre eles, alguns preferiram não falar com a imprensa, como foi o caso do meia Paulo Henrique Ganso, que foi convocado às vésperas competição para substituir Kaká, cortado por lesão, mas sequer foi utilizado pelo técnico Dunga nos três jogos que o Brasil realizou no torneio continental.

Miranda, porém, justificou a sua condição de capitão do atual time nacional ao parar para falar com os jornalistas e exibir um discurso como líder. Além de lamentar o fiasco brasileiro, o defensor ressaltou que todos da equipe nacional devem assumir a sua parte da responsabilidade pela eliminação precoce na Copa América.

“Foi triste, não foi o esperado, a seleção teve uma má atuação na competição. Esperávamos terminar entre os quatro primeiros (ao final da competição). Cada um tem a sua parcela de culpa, e é o momento de cada uma fazer a sua autocrítica e já pensar nas Eliminatórias”, afirmou o zagueiro, se referindo ao qualificatório sul-americano para a Copa de 2018, no qual o Brasil ocupa apenas o sexto lugar, posto que hoje o deixaria fora do Mundial.

Miranda também não quis comentar a possível demissão de Dunga, sendo que o treinador e o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, acabaram desembarcando direto pela pista do aeroporto antes de seguirem em conexão direta rumo ao Rio, onde se reunirão com a cúpula da entidade que comanda o futebol nacional na tarde desta terça-feira. O único integrante da comissão técnica da seleção a desembarcar no saguão em Cumbica foi Taffarel, preparador de goleiros.

Já Alisson, que falhou feio ao tomar um frango na estreia do Brasil diante do Equador, na qual a arbitragem acabou salvando o goleiro ao invalidar o gol legal dos adversários no jogo que terminou em 0 a 0, admitiu que a eliminação na primeira fase da Copa América foi um grande fiasco. Entretanto, ele adotou uma postura neutra ao ser questionado se Dunga teria “ambiente” para continuar no comando da seleção.

“Tem ambiente, mas não cabe a gente (jogadores) definir. O resultado não veio e temos que lidar com isso e buscar alguma coisa de melhor neste desastre”, afirmou o atleta, lembrando que é preciso tirar lições desta eliminação. “Infelizmente, o futebol é resultado, e o resultado foi ruim. O erro não é de um, é de todo um grupo. Todos erraram, temos de assumir a nossa parte da culpa”, completou o jogador.

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