Carta dá indícios de suborno para que África do Sul sediasse a Copa de 2010

Desdobramentos do mega esquema de corrupção na Fifa não param de surgir e, nesta sexta-feira (5), o jornal Mail & Guardian, da África do Sul, publicou uma matéria sobre uma carta que Danny Jordaan, chefe da organização da Copa do Mundo de 2010, enviou a Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol mundial, em dezembro de 2007. Na mensagem, o organizador do Mundial afirma ter debatido uma transferência no valor de US$ 10 milhões com dois ministros do governo de Thabo Mkebi.
O valor, que foi apontado pelo governo da África do Sul como uma ajuda para um programa de desenvolvimento do esporte, era destinado para dirigentes caribenhos e, de acordo com a o FBI, na verdade era uma propina em troca do voto de Jack Warner, vice-presidente da Fifa na época, para que a Copa fosse mesmo em território sul-africano.
A carta de Jordaan aponta que o governo do país africano sabia do pagamento de propina para ‘aumentar’ as chances de a Copa do Mundo ser mesmo na África do Sul.
“O governo sul-africano assumiu o pagamento equivalente a US4 10 milhões para o programa de legado para a diáspora. Diante disso, eu sugiro que a Fifa deduza do orçamento futuro do COL e que lide diretamente com o pagamento”, escreveu Jordaan.
Valcke, que não renunciou ao seu cargo na Fifa, negou envolvimento na transferência. Na carta de Danny Jordaan, contudo, o organizador da Copa do Mundo na África solicita para que o secretário-geral da Fifa organize o pagamento do valor e deixa claro que as autoridades sul-africanas sabiam da transferência.
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