Carta dá indícios de suborno para que África do Sul sediasse a Copa de 2010

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2015 16h17

Carta revela conhecimento do governo sul-africano sobre uma transferência de dinheiro

Reprodução Carta revela suposto suborno para voto na África do Sul como sede

Desdobramentos do mega esquema de corrupção na Fifa não param de surgir e, nesta sexta-feira (5), o jornal Mail & Guardian, da África do Sul, publicou uma matéria sobre uma carta que Danny Jordaan, chefe da organização da Copa do Mundo de 2010, enviou a Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol mundial, em dezembro de 2007. Na mensagem, o organizador do Mundial afirma ter debatido uma transferência no valor de US$ 10 milhões com dois ministros do governo de Thabo Mkebi.

O valor, que foi apontado pelo governo da África do Sul como uma ajuda para um programa de desenvolvimento do esporte, era destinado para dirigentes caribenhos e, de acordo com a o FBI, na verdade era uma propina em troca do voto de Jack Warner, vice-presidente da Fifa na época, para que a Copa fosse mesmo em território sul-africano.

A carta de Jordaan aponta que o governo do país africano sabia do pagamento de propina para ‘aumentar’ as chances de a Copa do Mundo ser mesmo na África do Sul.

“O governo sul-africano assumiu o pagamento equivalente a US4 10 milhões para o programa de legado para a diáspora. Diante disso, eu sugiro que a Fifa deduza do orçamento futuro do COL e que lide diretamente com o pagamento”, escreveu Jordaan.

Valcke, que não renunciou ao seu cargo na Fifa, negou envolvimento na transferência. Na carta de Danny Jordaan, contudo, o organizador da Copa do Mundo na África solicita para que o secretário-geral da Fifa organize o pagamento do valor e deixa claro que as autoridades sul-africanas sabiam da transferência.

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