CBF confirmou WO, fará doação e prometeu amistoso da Seleção, diz Chapecoense

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/12/2016 19h33
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SC - FUTEBOL/CHAPECOENSE/TRAGÉDIA - ESPORTES - População de Chapecó e torcedores da Chapecoense prestam homenagens na Arena Condá, nesta quarta-feira (30), antes da celebração de uma missa em memória das vítimas do acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do time catarinense para Medellín, na Colômbia. 30/11/2016 - Foto: WESLEY SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO WESLEY SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO Torcedores da Chapecoense lotaram a Arena Condá

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, o presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, revelou que a CBF já confirmou o WO duplo do time catarinense e do Atlético Mineiro na rodada final do Brasileirão, no fim de semana. Segundo a direção do clube de Chapecó, a entidade também prometeu doar R$ 5 milhões e organizar um amistoso entre a Seleção Brasileira e a Colômbia para reverter a renda para a Chapecoense.

“Deverá acontecer a realização de um jogo amistoso da seleção brasileira, ainda sem data marcada, para o início de 2017. Provavelmente será contra a Colômbia. E a renda seria destinada ao clube”, disse Tozzo, que assumiu a presidência em razão da morte de Sandro Pallaoro, uma das 71 vítimas do acidente aéreo na Colômbia.

Para Tozzo, a renda do futuro amistoso será de grande ajuda para as finanças da Chapecoense, que só agora começa a pensar no futuro, depois do velório e enterro das suas vítimas na tragédia aérea. “É o melhor presente financeiro que poderíamos receber. Pode ser no Maracanã ou até em Chapecó. Imagine 80 mil pessoas no Maracanã”, declarou o novo presidente do clube catarinense.

O dirigente também revelou que a CBF já confirmou que não haverá o jogo entre Chapecoense e Atlético-MG na última rodada do Brasileirão, no domingo. “Já foi definido pela CBF que o jogo não vai acontecer. Será W.O.. Emocionalmente, não existe a possibilidade de jogo. O presidente do Atlético falou com a CBF que a ideia é essa. Não tem clima”.

Questionado sobre a eventual blindagem do time nas próximas temporadas, com o objetivo de evitar o rebaixamento da equipe, o presidente da Chapecoense rejeitou a possibilidade. E disse que não tratou disso com a CBF. “Isso não veio da CBF, não veio de ninguém oficial. A gente acha que isso é uma grande de uma besteira. Não existe. E os outros clube, como é que ficam? Tem que jogar no campo e se garantir. Eu posso te dar certeza que não existe essa regra”.

Ivan Tozzo também revelou que o número de sócios-torcedores do clube segue crescendo desde a tragédia da terça-feira passada. “Tínhamos nove mil sócios-torcedores. Agora são mais 15 mil efetivados e há mais 50 mil solicitações. Você vê por aí como as pessoas se sensibilizaram”, declarou o presidente, que agradeceu a decisão da Conmebol de confirmar o título da Sul-Americana ara a Chapecoense nesta segunda.

“É um sentimento de justiça. A Chapecoense estava muito preparada para ganhar esse título. Jogadores super comprometidos É uma homenagem para nós. Quero agradecer o pessoal da Colômbia”, disse. O Atlético Nacional, que disputaria a final da competição com o time brasileiro, pediu oficialmente à Conmebol para que declarasse a Chapecoense como o campeão da Sul-Americana logo após a tragédia.

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