CBF nega falta de transparência e tenta aprovar balanço
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou que “não houve restrição” ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, para ter acesso ao balanço financeiro da entidade. Neste domingo, o dirigente catarinense obteve na Justiça uma liminar para suspender a reunião de aprovação das contas do mandato de Marco Polo Del Nero na CBF. A assembleia geral teve início, mas um oficial de Justiça fez valer a liminar concedida pelo juiz Paulo Assed Estefan, e a votação não pôde ser feita.
“As contas estão abertas para todos os dirigentes aqui na CBF desde o mês passado. Fora isso, ainda deixamos os advogados do Delfim ver o material na sexta, mas eles se recusaram”, disse Feldman. “Esperamos que isso se resolva logo, sem criar problemas jurídicos”, afirmou o secretário-geral.
Os dirigentes da CBF tentam convencer Peixoto a aprovar as contas. “Querem que eu olhe as contas, mais de 300 caixas de documentos, em 24 horas. Vivemos um ano diferente dos outros. Estouraram acusações. É outra realidade. Alguém acha que é briga política porque não assumi presidência. Não é. Queremos fazer o certo. O Carlô (Carlos Antônio Lopes, diretor jurídico da CBF) não é metido a cassar decisão? Então que vá cassar essa lá”, desafiou o dirigente catarinense.
Peixoto alega que recorreu ao judiciário para analisar o primeiro balanço financeiro da gestão Del Nero. As contas de 2015 foram feitas pelo próprio dirigente, que está sendo investigado FBI, pelo Comitê de Ética da Fifa e também por um CPI do Senado por participar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios, e também por José Maria Marin, que comandou a entidade até abril. Marin cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos.
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