CBF se exime de culpa em caso de doping de Fred

Rio de Janeiro, 31 jul (EFE).- A CBF garantiu nesta sexta-feira que a substância proibida detectada em um exame antidoping ao qual foi submetido o volante Fred durante a Copa América não foi fornecida por médicos da entidade.

O organismo esclareceu em comunicado que o remédio não está incluído na lista de medicamentos levados pela seleção brasileira ao Chile nem aparece entre os que são habitualmente receitados por seus profissionais.

A análise de uma das amostras entregues pelo atleta do Shakhtar Donetsk deu positivo para hidroclorotiazida, um diurético proibido pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e que normalmente é usado para mascarar outras substâncias.

“Segundo informe da Conmebol, o exame para controle de doping realizado no atleta em questão identificou a presença da substância hidroclorotiazida, que não faz parte da lista enviada, tampouco da relação de medicamentos padronizados pela CBF. Portanto, não tínhamos esse medicamento a nossa disposição, e o mesmo não foi ministrado pelo corpo médico da Seleção Brasileira de Futebol”, pronunciou-se a CBF, em comunicado assinado pelos médicos Rodrigo Lasmar, André Pedrinelli e Luiz Antonio Barcellos Crescente.

A entidade afirmou ainda que o departamento médico entregará aos órgãos competentes o histórico clínico do jogador e todos os demais documentos pertinentes.

“Para finalizar, ressaltamos que estamos solidários ao atleta e que, a partir de então, seus assessores e advogados, caso entendam, poderão passar mais esclarecimentos”, completa a nota.

Fred foi convocado a última hora por Dunga para disputar a Copa América. Ele substituiu o também volante Luiz Gustavo, excluído da relação por uma lesão no joelho.

O ex-atleta do Internacional começou como titular na vitória sobre o Peru por 2 a 1 e atuou na derrota frente à Colômbia por 1 a 0. Depois disso, perdeu o lugar no time e não esteve em campo no triunfo sobre a Venezuela por 2 a 1 nem na eliminação nos pênaltis diante do Paraguai. EFE