César Sampaio revela ‘puxão de tapete’ de Vampeta e pede modelo de jogo na Seleção

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2015 18h21
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César Sampaio, gerente de futebol do Palmeiras, durante coletiva sobre o jogador Valdívia, no CT da Barra Funda, em São Paulo, SP. (São Paulo, SP, 12.06.2012. Foto de César Greco/Fotoarena/Folhapress) Folhapress O ex-volante avalia que a Seleção Brasileira deveria ter um modelo de jogo definido

Cheio de histórias e com longa passagem pelo futebol, César Sampaio, ex-volante dos quatro grandes clubes de São Paulo e ídolo dos palmeirenses, se divertiu em entrevista a Márcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan. Nela, o hoje superintendente do Joinville e ex-gerente de futebol do Palmeiras contou como Vampeta lhe ‘tirou’ uma vaga da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002 e comentou o momento atual do futebol no país.

“Na Seleção, tivemos uma dinâmica de grupo, onde um psicólogo pediu para que tivéssemos um período de meditação. Todo o elenco deitou num quarto, e aí ele começou a narrar o desenvolvimento de um jogo: ‘bola com o goleiro, jogou para o lateral direito’, o Cafu falou: ‘o lateral-direito sou eu’. Depois veio: ‘bola para o volante’, e o Vampeta disse: ‘o volante sou eu’”, descreveu César Sampaio.

“Ao final do exercício, o psicólogo falou que aqueles que disseram o nome estavam mais preparados para serem titulares do que aqueles que não disseram (risos). Isso aconteceu mesmo, mas eu creio que não foi por isso que o Felipão tomou a decisão. Acabei não indo para a Copa, teve um jogo contra a Argentina no Morumbi em que o Vampeta fez gol. Um grande jogador, que ajudou a Seleção no título”, disse o dirigente.

Ao relembrar de seus tempos na Seleção, César Sampaio fez uma reflexão sobre a situação dela hoje em dia. “A gente passa por uma crise de identidade. Hoje as equipes estão estudando muito, não é só a parte técnica que faz a diferença. Se você tiver grandes jogadores que não estiverem bem treinados na parte fisiológica e organizados na parte tática, a estratégia de jogo acaba fazendo a diferença”, analisou. “No meu entendimento, ainda temos a melhor matéria-prima do mundo, em termos de qualidade técnica, mas estamos subaproveitados. Podemos jogar melhor, proporcionar uma qualidade de jogo melhor”.

Para isso, segundo ele, é preciso ter “uma visão macro do todo”. “O Brasil tem grandes jogadores, a base da Seleção jogam no ‘top 5’ da Europa, e falta char um modelo de jogo para encaixar esses atletas e extrair o melhor deles. Quando não se tem isso definido, a gente fica dependendo da criatividade e da genialidade de um Neymar, como vimos na Copa América e na Copa do Mundo”, concluiu.

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